sábado, 10 de janeiro de 2009

Lembranças de uma peça de teatro

Certa feita, reunimos um grupo de jovens e encenamos uma peça de teatro, que não tinha nome. Nem palavras. Tivemos pouco mais de uma semana para ensaiar, e apresentar a encenação, que era um pequeno quadro, quatro minutos e uma bela trilha sonora. O rapaz sorridente interpretou a Cristo, a menina sorrindo interpretou àquela que simbolizava a humanidade e ao mesmo tempo a Igreja do Senhor. Era um pequeno musical, uma dança;
Na dança, a menina quqe representava a humanidade ficava de joelhos e Cristo chegava, assoprava sobre ela, que se erguia e começava a viver. Então ele lhe tomava pelas mãos e lhe ensinava a anadar e apontava para as estrelas, lhe mostrava o mar, lhe apresentava a água, e então dava-lhe as mãos e começava a dançar. E eles dançavam como um casal rodando em meio ao salão. Vinham então outros que a afastavam do Dançarino celestial, em primeiro lugar o Amor Falso, que lhe seduzia e a abandonava. Depois a Bebida, que lhe entorpecia, vinha a Vaidade que lhe enfeitava, a Festa que a fazia pular e brincar, a Riqueza que lhe mostrava o mundo e logo ia embora e por final a Morte. Na medida que dançavam, cada ator ficava entre Cristo e a Igreja, até que rasgam lhe arrancam um pedaço da túnica, e todos a cercam, empurrando-a no chão. Então Ele vem por detrás e num gesto espetacular arremessa a TODOS no chão, de uma só vez. E ali permanecem caídos. Então Ele se ajoelha, toma-a pela mão, dá um beijo em sua testa e os dois começam a dançar.
Mais uma vez.
Para sempre...



Welington José Ferreira


Nenhum comentário:

Postar um comentário