sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

O motivo - The reason

O motivo






































Sobre a revelação divina

Um profeta é antes de tudo uma criança. E deve assim viver.
E se tudo correr bem, assim também morrer.   
Existe uma ordem nas coisas espirituais. Uma ordem no exercício dos dons espirituais. Mas sobretudo, um motivo.
Sim um motivo. Por que existem revelações, profecias, sonhos, visões?
O que significam, acima de tudo, o que representam para o corpo de Cristo e porque nelas este corpo deve se exercitar?
Deus é pai. Um pai amoroso. Não está preocupado consigo mesmo. Com seu nome. Com sua honra.  O objeto do amor do Pai é a humanidade, toda ela. Humanidade da qual separou para si um grupo que lhe agrada, que dele se aproxima, que o ama, que o respeita, que o dignifica. O amor dEle pertence a todos. Derramado abundantemente sobre toda a terra e sobre todo homem. 
Mas, deste amor só aproveitam os que o aceitam, o recebem, a anseiam, dele se nutrem, nele vivem.




Os filhos não vivem para si mesmos, os que rejeitam esse amor abraçam a outros valores. Rejeitar ao modelo de vida idealizado para o ser humano o torna uma paródia de si mesmo. Uma sombra. A impiedade, a desonestidade, a crueldade, a intolerância, o desrespeito, são todos frutos de uma conduta que rejeita a uma proposta de vida baseada em valores maiores, valores melhores. 
Existe uma excelência de vida. 
Ou uma vida excelente. 
E Deus através de seu Espírito quer nos guiar para que possamos usufruir dessa qualidade de vida. Desfrutando de todo bem, de todo amor, de toda ajuda, de toda lei divina e de todos os recursos além de nossa imaginação pra que possamos ser plenos, mentalmente, fisicamente, espiritualmente.



Porém para viver tal plenitude de vida espiritual haverá uma tremenda resistência em virtude de um mundo desestabilizado emocional e espiritualmente. Vivemos em meio a hostilidade da inimizade humana manifesta em exploração econômica, injustiças sociais, num mundo de incessantes angustias, terrores, medos e situações espirituais dolorosas como a enfermidade e até mesmo a morte. 
Não podemos viver ou alcançar tal patamar de vida plena sem sermos guiados por Deus.
Os dons espirituais são um recurso de graça para nos edificar, fortalecer, proteger, transformar.
E eles são dados, concedidos, manifestos pelo motivo.
Sim um motivo.
Toda ministério, todo serviço, toda obra que ousa se considerar espiritual é genuína ou não, aprovada ou não, amadurecida ou não, se tornando cada dia mais de acordo com o sonho de Deus, ou tornando-se uma brincadeira de mal-gosto, uma pedaço de coisa alguma, se corresponde inteiramente ao Motivo.
Sim ao Motivo.
Toda a Autoridade Espiritual se baseia nisso. Toda profecia, todo futuro ministerial depende disso.
Nenhuma revelação possuirá valor algum, não importa quem um dia tenha exercido, nem se tenha visto o invisível ou falado face a face com Cristo umas duas mil vezes, ou tenha sido arrebatado umas doze vezes, ou veja anjos todos os dias.
Se não entender o Motivo.

O Motivo das revelações, sonhos, revelações, profeciais é tornar o ser humano semelhante a Cristo.


Amoroso. Extraordinariamente feliz. Cheio do Espírito Santo. Sábio. Bendito. Verdadeiro. Fiel. Bondoso. Consolador. Que ama e anseia realizar a vontade do Pai. Consciente de sua posição em Deus. Conscientede seus direitos através do Espírito de Deus.




E se isso não está ocorrendo com aqueles que exercem os dons espirituais?
Eles perderam a viagem. Porque desprezaram o motivo.
É o amor divino que move suas mãos, seus anjos, é por paixão pelo ser humano que sua Voz é ouvida. É para alegria de seus amados que ele se derrama, que ele se manifesta, que ele unge, que ele opera sinais, prodígios e maravilhas.
É para a salvação, para a plenitude, para a alegria plena, que os dons nos chamam.
Se você tem sido convocado para uma região de medo, se o poder que dizem ter ou se a extraordinária revelação proclamada pelo Pai, confirmada por Cristo, Trazida por Anjos e manifesta pelo Espírito não acrescenta Vida à sua vida, então saiba que tal profecia e tal revelação não foram acompanhadas de ninguém,
Ela é só um sonho disforme de um coração amargurado.
De um profeta que não entendeu
Que antes de tudo era uma criança.
E que assim devia ter vivido.
E assim deveria morrer.



The reasonSpeaking of divine revelationA prophet is first and foremost a child. And so should live.And if all goes well, so die.There is an order to things spiritual. An order in the exercise of spiritual gifts. But above all, a reason.Yes a reason. Why there are revelations, prophecies, dreams, visions?What is meant, above all, what they represent to the body of Christ in them and because this body must work out?God is father. A loving father. Is not concerned with himself.  With his name. With his honor. 





The object of the Father's love is humanity, all of it. Among mankind He separated himself a group that pleases him, approaching him, she loves him, that respect, that dignifies.His love belongs to everyone and is shed abroad over all the earth and over every man.But this advantage only love those who accept it, receive it, to crave, they feed it, live in it. The true children do not live for themselves. The others who reject this love, embrace other values. Reject the idealized model of life for the human being becomes a parody of itself. A shadow. The wickedness, dishonesty, cruelty, intolerance, disrespect, are all fruits of conduct that rejects a proposal based life values ​​higher on better values.A life of excellence there.Or an excellent life.And God through his Spirit wants to guide us so that we can enjoy this quality of life. To enjoy all the good, all the love, all the help, all divine law and all resources beyond our imagination that we may be filled, mentally, physically, spiritually.But to live such fullness of spiritual life will be tremendous resistance by virtue of a world destabilized emotionally and spiritually. We live amid hostility from human enmity manifested in economic exploitation, social injustice, a world of endless anxieties, terrors, fears and spiritual situations as painful illness and even death.We can not live or achieve such a level of full life without being guided by God.Spiritual gifts are a feature of grace to build, strengthen, protect, process.And they are given, granted, by reason manifestos.



Yes a reason.Every ministry, every service, every work that dares to consider spiritual is genuine or not, or not approved, matured or not, becoming every day more in line with God's dream, or becoming a joke in bad taste, a piece of anything, whether it corresponds entirely to the excellent reason.
Yes the supreme reason.
Every Spiritual Authority relies on it. 
All prophecy, all ministerial future, depends on it.
No revelation possess some value, no matter who's ever exercised, or has seen the unseen or spoken face to face with Christ some two thousand times, or has been caught a dozen times, or see angels every day, if you do not understand the reason.

The Reason of the revelations, dreams, revelations, profeciais is to make the human being like Christ.
Beloved. Extraordinarily happy. Filled with the Holy Spirit. Wise. Blessed. True. Faithful. Kind. Comforter. Who loves and longs to fulfill the will of the Father is aware of its position in God. Aware of their rights through the Spirit of God.And if that is not happening with those who exercise spiritual gifts?They missed the trip. Because the reason despised.It is the divine love that moves his hands, his angels, is a passion for the human being that their voice is heard. It is joy to his beloved that he pours, he manifests, he anoints, he works signs and wonders and wonders.It is for salvation to fulfillment, for full joy, that the gifts call us.If you have been summoned to a region of fear if they say they have the power or the extraordinary revelation "divine" Life does not add to your life, then know that this prophecy and such disclosure is not divine.She is just a dream of a deformed heart bitter.The prophet who did not understandThat first of all he was a child.And so they should have lived.And so should die.

Welington José Ferreira

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Feliz Natal

O Natal lembra que Deus é doido.

Corajoso!
Mas doido.
Original!
Mas doido.
Teatral!
Mas doido
Extravagante!
Mas doido.
Inimitável!
Mas doido.

A virgem só não foi abandonada porque
o seu marido aparentemente traído
Creu num sonho
Num sonho que um anjo lhe contava uma coisa absurda.
Ela tá grávida mas é um milagre.
E mesmo contra todas as reiinterpretações possíveis
Ele decidiu voltar

E a criança nascida só não morreu dias depois
Porque um segundo sonho avisou a José que era para eles
Sumirem. Por uns cinco anos , Talvez.

Só viajaram para o Egito após o nascimento de Cristo
Porque três sujeitos creram em antigas profecias
Dadas a seus tatatataravós
Sobre uma estrela impossível
A qual seguiram
Com tamanha convicção

Que levaram presentes para a criança!
Que a tal estrela anunciava ter nascido

E tinha um vilão, Herodes,  rei sádico querendo matar a tal criança

Morreram 2000 crianças dois dias depois
na tal Belém de Efrata

Mesmo dia
Que uma mula com uma mãe e uma criança recém nascida
Deu entrada lá na terra do Egito..

Porque
O Natal lembra que Deus é doido.
Corajoso.
Mas doido.
Original
Mas doido.
Teatral
Mas doido
Extravagante
Mas doido.
Inimitável
Mas doido.

Absurdamente, completamente e inacreditavelmente
doido.
O amor faz isso com as pessoas.


Enlouquece.




https://vimeo.com/55040813


Christmas reminds us that God is crazy.

Courageous!
But crazy.
Original!
But crazy.
theatrical
but crazy
Extravagant!
But crazy.
Inimitable!
But crazy.

Just was not abandoned because
her husband apparently betrayed
Believed in a dream
In a dream, an angel told him something absurd.
She's pregnant but it's a miracle.
And even against all possible reiinterpretações
He decided to return

And the recent baby lived days later not only because
A second dream told Joseph that they were to disappear
For about five years.

Only traveled to Egypt after the birth of Christ
because  three people believed in ancient prophecies
Given for yours ancestors
Regarding a star impossible
Star followed that with such conviction
That even brought gifts to the child!
Announced by the star 
was born a child
And it had a villain, Herod, king sadic who wanted to kill this child

2000 children died two days later
in Bethlehem Ephratah

On the same day that a mule ridden by a mother and newborn child, entered the land of Egypt ..

because

Christmas reminds us that God is crazy.
Courageous.
But crazy.
original
But crazy.
theatrical
but crazy
Extravagant!
But crazy.
inimitable
But crazy.

Absurdly, completely and unbelievably
crazy.
Love does that to people.


sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Um doce pra adivinhar de que companhia aérea é este avião...


 Um doce pra adivinhar de que companhia aérea é este avião...
 

     





    V
    V

    Pensou?...


    Avance mais, para descobrir
    ....

    .
    .
    .


    .




    ACREDITE OU NÃO, É UM ÔNIBUS DE UMA COMPANHIA CHAMADA "OLIVEA", QUE FAZ PERCURSOS ENTRE CIDADES, NA ÍNDIA.

     
    GANHOU DOCINHO, NÃO...

       

       


segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Mensagem de final de ano. End-of-year message.

End-of-year message.
At the end of the year I would like to say that there are many announcing the end of the world.
Wanted to announce the resumption.


Wanted to warn that Rukmini was born strong and healthy.
Yesterday our elder in Bangalore sang songs throughout the night.
I wanted to announce that North of Bulawayo one of our young people ran up to the highest mountain.
I wanted to announce that the ship that got stuck in sea ice six months of Weddel has just arrived in port;
That the Emperor Penguin came alive to Barra da Tijuca Beach, even after three months swimming alone.
Wanted to warn that a daughter passed the tests for College and my other daughter graduated.
That despite my crazy little puppy have fled through several cars in the middle of the street, I brought safe and sound after the stressful ride.
The Japanese mother of which they said does not support the medical operation is already running behind their seven grandchildren.
That the nephew who said, plainly, that one day maybe increase the Everest, just send a picture from up there.
I would like to warn you that the brother of Sameer, who did not believe in love, fell in love with irreversibly by beautiful girl Pooja.
And it matched.
I would like to say that the girl lost about two years, was found.
And that the remedy expected arrive on time there in Bet-Even.
In this end of year wanted to warn that public hospital right from my the city did not work for six months.
But, that our children will also not sickened.
For some reason, again, thousands do not have won the lottery and for some reason, even without this, thousands had fun too.
I would like to warn you that the ozone layer is still there.
In spite of everything.
Wanted to warn that the end of 2012 that Victoria Soto reminded me that for some things worth living and even die.
And that Boo has taught me that nobody ever will live in vain.


And it's worth loving people.
And that we should fight for tomorrow children as a Boo.

And continue in this battle until they are adults.
Wanted to remember the wonder of a day have been a child like her.
AND haunt me by the mystery of life that allowed us to become adults.
And do not live to ourselves.
This hope that makes us worthy of our humanity that desire in this end of the year that will be born is this.
Our so that when it's our time, being such a Vicky to a Boo.
Whatever Boo.
Even if a Boo has grown.
Because the Boo that one day we were remains in us.
So I do not announce the end of days.
But the resumption of them.
At the end of 2012 

By love to Boo.By love to Vicky.
For a year of 2013 

With a new heart.

Mensagem de final de ano.

Neste final do ano queria dizer que há muitos anunciam o fim do mundo.  
Queria anunciar então, o recomeço dele.


Queria avisar que a Maria Eduarda nasceu robusta e saudável.  

Que ontem nosso ancião em Bangalore cantou antigas canções por toda a noite. 
Queria anunciar que ao norte de Bulawayo um dos nossos jovens correu até a mais alta montanha.  
Queria anunciar que o navio que ficou preso seis meses no gelo do mar de Weddel acabou de aportar. 
Que o pingüim imperador chegou vivo a praia da Barra da Tijuca, mesmo depois de três meses nadando sozinho.
Queria avisar que a uma  filha passou no vestibular e que  outra filha se formou. 
Que apesar da minha cadelinha louca ter fugido por entre vários carros no meio da rua, eu a levei sã e salva depois do estressante passeio. 
Que a mãe japonesa que disseram que não ia suportar a operação, já está correndo atrás de seus sete netos. 
Que o sobrinho que disse despretensiosamente que um dia talvez fosse subir o Everest, acabou de enviar uma foto lá de cima. 
Queria avisar que o irmão indiano de Sameer, que não acreditava no amor, 
apaixonou-se irreversivelmente pela bela moça Pooja. 
E que ela correspondeu.
Queria dizer que a menina perdida a dois anos,  foi encontrada. 
E que a o remédio aguardado chegou a tempo lá em Bet-Even.  
Nesse final de ano queria avisar que certo hospital publico de minha cidade não funcionou por seis meses.  
Mas,  que as nossas crianças também não adoeceram. 
Que por algum motivo, outra vez, milhares não ganharam na loteria 
e por algum motivo, mesmo sem isso, milhares se divertiram demais. 
Queria avisar que a camada de ozônio continua lá. 
Apesar de tudo. 
Queria avisar nesse final de 2012 que a Vicktoria Soto lembrou para mim que por algumas coisas vale a pena viver e mesmo morrer. 
E que a Boo me ensinou que  ninguém jamais viverá em vão. 





E que vale a pena amar as pessoas.  
E que devemos lutar pelo amanhã de crianças como a Boo. 

E continuar nessa batalha até que elas sejam adultas.

Queria lembrar a maravilha de um dia ter sido uma criança como ela. 
E assombrar-me pelo mistério da vida que permitiu que nos tornássemos  adultos. 
E pela oportunidade de não viver para nós mesmos.
Essa esperança que nos torna dignos dessa nossa humanidade
O que desejo nesse final de ano que vai nascer é esse recomeço.
O nosso
Para que quando chegar a nosso momento, 
sermos  tal qual uma Vicky, para uma Boo.  
Qualquer que seja a Boo. 
Mesmo que a Boo tenha crescido. 
Porque a Boo que um dia fomos permanece em nós. 
Então eu não anuncio o final dos dias.
Mas o recomeço deles. 
Neste final de 2012
Por amor a Boo. 
Por amor a Vicky.
Por um ano de 2013
Com um novo coração.


sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

In The rain


In the rain - No coração da Tempestade from Welington Corporation on Vimeo.

A história do cachorro velho e do cachorro novo.






A história do cachorro velho e do cachorro novo.


Dois cachorros, um jovem e outro velho fugiam pelas estradas de terra batida em direção a um antigo vilarejo em Punjab. Atrás deles uma manada de elefantes indianos com cerca de quinquenta paquidermes correndo, por sua vez perseguidos por dois imensos tigres de Bengala. Um dos tigres era albino e o outro por alguma estranha anomalia era negro com listras brancas. A frente do frenético grupo de animais uma pequena aldeia com mulheres, crianças, jovens e anciãos que passava por grave período de seca.  Bem a frente da manada de elefantes corriam os dois cachorros, e entraram esbaforidos na velha aldeia. Havia um cerimonial ocorrendo na praça da aldeia ao redor de uma grande fogueira, quando os aldeões viram os dois cachorros, tendo em vista a grande crise pela qual passava a aldeia decidiram perseguir os animais. O grupo de jovens foi atrás do cachorro novo e o grupo de anciãos atrás do cachorro velho. Assim que saíram as mulheres viram a grande manada que vinha em sua direção. Tendo que proteger as crianças elas decidem tentar afugentar os elefantes e se dividem em três grupos: o primeiro sai da aldeia batendo todo tipo de objeto de cobre, panelas, bacias, pratos e chacoalhando as pulseiras. O segundo grupo de mulheres, as moças, pega paus e ateia fogo a eles, correndo em direção á manada com tochas acesas e o terceiro grupo grita com agudos sons das vozes das orientais.
Os tigres vendo que não tem sucesso se atirando sobre os traseiros e rabos dos paquidermes, ora sendo arrastados, ora caindo ou escorregando, decidem passar o grupo e atacar pela frente, correndo pelas laterais da manada. Pela esquerda vai o tigre albino e pela direita vai o tigre negro com listras brancas. Os cachorros voltam pelo meio da aldeia, passam esbaforidos pelas crianças no meio dela e voam literalmente em direção ao grupo de mulheres que justamente vai em direção aos elefantes, ainda perseguidos pelos grupos de homens que agora num grupo corre em sua direção.
Os tigres passam pelas mulheres, em direção aos cachorros e percebem o cheiro das crianças no meio da aldeia.
Os elefantes alcançam as mulheres, os tigres ficam frente a frente com os cachorros, os homens na retaguarda fecham o cerco entre os tigres e os cachorros, espantados pelo ruído ensurdecedor dos elefantes, os seus gritos, o alarido das mulheres e por fim pela visão dos tigres.
Os cachorros trombam com os tigres.
As mulheres avançam pelo meio dos elefantes desorientados que agora formam dois grupos, ainda correndo em direção da aldeia.
Uma das crianças foge dos abrigos e vai para o meio da aldeia
Os aldeões mais jovens correm em direção da aldeia para resgatar as crianças.
Os mais velhos deixam de perseguir aos cachorros e partem em direção aos tigres.
Os tigres acuados fogem
Os elefantes alcançam a aldeia, alguns deles, poucos, pois a maioria foi dispersa pelas mulheres.
As crianças foram resgatadas pelos jovens
Menos uma.
Os elefantes atravessam a aldeia destruindo tudo por onde passam.
Um dos elefantes corre em direção a única criança que sobrou no meio do vilarejo
As mulheres estão ainda fora da aldeia, os anciãos correndo atrás dos tigres e os jovens protegendo as crianças.
Mas antes que o ultimo paquiderme esmague a criança dois cachorros se atiram na tromba do elefante. E o afastam.
O cachorro velho é jogado para longe enquanto a criança é arrastada pelo cachorro novo.
As moças com as tochas enfim afugentam o elefante

A velha aldeia foi reconstruída.

Ainda hoje os jovens brincam com um cachorro bem velho que habita livremente todas as casas que quiser escolher da antiga aldeia, mas que sempre dorme na entrada da cidade.
Sempre perto de onde foi enterrado, um cachorro amigo,
Que ele conhecera há muito tempo atrás.

Welington José Ferreira

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

The wonder of Indian cinema

The wonder of Indian cinema is a deep awareness of the sacred, of friendship, of family values. Do not imitate him in Hollywood, her promiscuity, the insignificance of his arguments for making the film. Their stories today are moments of pure lyricism and poetry are plots of literary vocation especially India.
Sanskrit has a stunning beauty and a dynamic that unifies the feelings, sounds, dance.
Its eastern film inherited this trait. The world loves Indian cinema because of his poetry, the strength and beauty of their dance.
I love his films for dealing with feelings of great purity and unparalleled beauty of the Indian woman, they do not have to undress in front of cameras to convince us of her femininity.
Its lightness is a gift, a gift that should not be neglected by the current generation of Indian filmmakers.
A simple cheap imitation of the decadent values ​​of dens celebrities to India is not a source who can drink without poisoning it.
There is preaching of love present in hundreds of its productions, do not let this richness is replaced by empty themes, themes like revenge and murder, torture, degradation sexual, theft.
The heroes that populate the dreams of Indians are separated for God and his greatness and virtue generations were formed.
Tolerance, love of neighbor and respect for religious identity, respect for female dignity, treating human dignity of children by parents affectionate, affection of children by their parents, firmly convinced that love is greater than all - all these wonders are sacred and its enduring legacy remains today and should always remain as a light for your and our generations.
I can not imagine a movie without a young Indian as Priyanka Chopra performing the divine gifts given to her by dancing with joy.
I can not imagine the world without the joy on the face of an actor as Sharuh Khan or maimed by the world lose the simplicity of a smile as actress Rani Murkeji,
I cite them as representatives of all previous generations, as representatives of all stakeholders in India that even amid difficult conditions inspired millions.
Strive for happiness, for happiness, for purity, for equality. Strive for truth, with heroism, with dancing, over tradition. Strive for a divine ideal, the respect for human beings, for forgiveness, for equality, for movies that can teach values ​​to their people and to us, things that our traditions and could not teach us.
I see the dream of a nation that is being carried in the arms of his actors and their actresses.
I see life lessons taught, lessons of love, respect, see your hatred against the affront to human, I see the children leave in disgust, I see their struggle against inequality.
I hear his songs that invoke that men and women are equal before God.
I see your intense desire to treat people with dignity, all of them, of all classes, with dignity and with love also impressive.
Do not you let that influence you by different ideals, not to become his shadow this cultural wealth, not to destroy the originality and beauty of exciting, alive, that transcends our dreams, that transcends the form of thought.
Do not change a godsend for some things worthless.
Because I see God in the cinema of India.



O sânscrito possui uma beleza impressionante e uma dinâmica que se unifica aos sentimentos, aos sons, a dança.
O vosso cinema oriental herdou essa característica.  O mundo ama ao cinema indiano em virtude de sua poesia, pela força e pela beleza de sua dança.
Ama vosso cinema pela tremenda pureza com que trata dos sentimentos e pela incomparável beleza da mulher da índia, essa que não precisa se desnudar na frente das câmeras para nos convencer de sua feminilidade.
A vossa leveza é um dom, uma dádiva, que não deve ser desprezada pela atual geração de cineastas da índia.
A simples imitação barata dos valores decadentes de antros de celebridades não é para vós uma fonte que possa ser bebida sem envenenar-vos. Há a pregação do amor presente em centenas de vossas produções, não permitais que  tal riqueza seja substituída por temas vazios tais como vingança e assassinato, tortura, usurpação da idoneidade.
Os heróis que povoam os sonhos dos indianos são separados para Deus e por sua grandeza e virtude gerações foram moldadas.
A tolerância, o amor ao próximo, o respeito a identidade religiosa, o respeito a dignidade feminina, a beleza do tratamento doce, afetuoso dos filhos pelos pais, dos pais pelos filhos, a firme convicção que o amor é maior do que tudo - todas essas coisas maravilhosissimas são vossa herança perene e sagrada que permanece hoje e deve permanecer sempre,  como luz para as vossas e nossas futuras gerações.
Não imagino um cinema indiano sem haver uma jovem tal como Priyanka, que não possa exercer os dons divinos dados a ela e  nelas manifestos através da dança, com alegria.
Não posso imaginar a terra privada da alegria do rosto de um ator como Sharuh Khan ou privado da simplicidade do sorriso de uma atriz como Rani Murkeji,
cito-os como representantes de todas as gerações anteriores que eu não pude conhecer como representantes de todos os atores da índia, que mesmo em meio a condições difíceis inspiraram milhões de pessoas.
Lutai vós pela alegria, pela felicidade, pela pureza, pela igualdade. Lutai vós pela verdade, pelo heroísmo, pela dança, pela tradição. Lutai vós pelo ideal divino, pelo respeito ao ser humano, pelo perdão, pela igualdade, por um cinema vosso que possa ensinar ao vosso povo e nós, aquilo que as vossas tradições e as nossas não nos puderam ensinar.
Eu vejo o sonho de uma nação sendo tomada nos braços de seus atores e atrizes.
Eu vejo as lições de vida ministradas, lições de amor, de respeito, o ódio ao destrato, vejo a vossa repugnância ao abandono, vossa luta contra a desigualdade. Vejo os cânticos que invocam homens e mulheres iguais diante de Deus.
Vejo o desejo intenso de que as pessoas, todas elas, de todas as classes, sejam tratadas com dignidade e também com amor impressionantes.
 Não permitais ser seduzidos por ideais diferentes, para não tornastes em sombra vossa riqueza cultural, destruindo vós a originalidade e a beleza emocionante, visceral que transcende os sonhos, que transcende a forma, trocando vós tal coisa por coisas sem valor algum.
Porque eu vejo Deus, no cinema da Índia.

 Welington Corporation






sexta-feira, 30 de novembro de 2012

reflexão



Gosto de viver perigosamente


Presente e Ausente

Estar num lugar não significa "estar ali". Fisicamente talvez. Espiritualmente, nem sempre. Algumas vezes por que estamos onde não queriamos estar. Todo mundo estava indo, fomos convidados e quando demos conta lá estávamos no meio da multidão. Mas não estávamos. Só parecia que estavamos lá.
Nos deslocamos mentalmente para um outro lugar. 
Essa tremenda capacidade do ser humano de se sentir só.

Nem sempre é bom estar presente de corpo e alma em todos os lugares.
A multidão normalmente grita e faz alarde por coisas de menor importancia.
Ou pelos motivos errados.
Mas há lugares que devemos estar, integralmente.
Sentidos, emoções, pensamento e reações.
Há aquele que se isola, ele se perde dentro de si mesmo. Ele perde o contato com a humanidade
e mora como um ermitão dentro dele mesmo.
Não percebe que está sendo conduzido por um caminho perigoso, o de se tornar
uma pessoa distante ainda quando presente. O mundo real é feito de gente, pessoas nos
"cutucando" o tempo todo, em que nos relacionamos, ouvimos, interagimos, somos
empurrados pelos amigos em determindas direções.
Não há como vivermos para nós mesmos. A vida não está em nós. Está ao nosso redor.
Não somos completos em nós mesmos. A riqueza de nossa existencia é diretamente proporcional
a capacidade de corrermos distancias cada vez maiores e interagirmos com outras pessoas de um
modo amoroso.
A alma humana não reside na escuridão, não cresce no isolamento, necessita da amizade,
da alegria que habita no coração ao lado.
Nós somos participes de lágrimas que não choramos, de gritos que não emitimos.
Somos ligados intimamente a terra que nos sustenta e as pessoas que dependem de nós,
que também como nós, só podem viver de modo pleno se relacionando.
Não há recursos que nos sustentem dentro de nós mesmos.
Eles foram distribuidos nas mãos de outros seres humanos.
Esse é um dos grandes mistérios da vida.





Welington Corporation

.




quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Planejamento

Porque planejamos com antecedencia uma atividade.



E houve Luz



Gn: 1:1: No princípio criou Deus os céus e a terra.














Difficult is to stop playing ... when you can fly.

Normally we angels smile a lot.
Perhaps because the invisible heavens are a place of joy and peace ineffable.
Or the fact that joy is intoxicating for us to fly.
We performed the impossible.






But what is this - the impossible?
Did not exist before the darkness, in the land where light has always existed.
We called wings of the things that enabled him to rise up the colors of the vastness of our house.
Told us the Lord, in large wheels when the cost could silence us ...
because when we flew there, screamed ...!
Impressive is rejoice before his glory ...
But his gentle gestures, which shone every wave of his mighty hand, made us calm.
When the dimensions were created, each spin in which we climbed,
... was as the distances between cities in which men would inhabit in the world to come.


In parties chants of immense lawns,
always between the twin hills (one of the only places where all of us ... together .. we could sit ...)

We sang prophecies.
We sang what was to come the expansion of life dream, another place, a place of land and garden, where the worlds would be suspended until the time appointed by God's hand.
Something different from the wonders we knew before.
  Again, his hand tremendous ... high and resplendent, leading us to be still.
His voice ...
... Hear the sound of your voice ... was larger than life!

Was living in something great.

Open your eyes, realize, understand and feel.
Be partaker of his immortality and be permeated with the torrents of his power, how to explain it?

However, I heard it when his voice rose beyond the heights of the swirling waters thundered endless,
whose origin was the thone (we called him so, throne),
this ...
was ...
incomparable.

When time began, going slowly when He began to speak to us.
And we asks about the wings.
The Single talked to us about the birds that would populate the skies of land that would create.
And he said that they would like our wings ...
And we laughed ...

He spoke in the deserts and camels
Trees, whose tops would rise to the heights of the blue expanse.

He spoke in water, an amount so large that it would inhabit gigantic beings.

And silver stripes that would erupt on ace waters, which would move in large quantities, as noisy when mountains suffered landslides snow.


Men would call the silvered rays and the breaking of the bands with which we used to play, to thunder.

- Tell us about men!

And the Lord told us.
And his eyes sparkled.
The mens will be slightly smaller than us, beloved as we

Until the day of transformation happen.
So would be made like us.

And again the confusion was created ...
Rising like incense was the whirlwind, every pluck the strings of the heart divine, celestial structures that made tremble.
And we rejoiced because one of the days for which we were born was reached ...

The Principle of all things that would be visible in the sight of yet uncreated man, in whom incomprehensible hope would be deposited.

Would be seven times the heavens were silent altogether.

This was the first time.

The Lord asked quietly. He lifted up his abode.
Along with him went the five cherubim.

We looked.

The Lord said:

What are you waiting for? Come!

The silence was broken by the billions that rose to his presence.

So first we silence
(I remember well in the crowd, perhaps the last)
went with the Lord to the particular place.

We witness the birth of all things, when he called to him out of nowhere, everything that existed.
Perfect as his face.

So ... Do not become silent ... Again.
Not to lose the habit ...

We, angels, when din, we are the noisiest thing that creation has.


Gen: 1:2: And the earth was without form and void, and darkness was upon the face of the deep: and the Spirit of God moved upon the face of the waters.


Soon after the cataclysm

It was the second time we were silent from the beginning.

This time we do not approach.

Because it can all seem so little?

What is beyond peace and harmony and the unlimited power that matters, if there is reason in that creates?

Why choose the pain instead of life, to love bitterness, darkness reigns where the light?
Knowledge is not wisdom. Wisdom without love enriches its possessor.

God has infinite wisdom. Has knowledge unimaginable.

And knows that knowledge is not the best or the greatest gift. Sometimes only a burden.

Only a burden.

Ceased by the loss of brothers. Friends. Beings of immeasurable greatness.
There would be no dance like that happened in those days of yore.
The harmony was broken.

Some things that existed before the days of pain began to make sense.

Always wondered why the veil in the small tent in which we entered, where there were those little cherubs made of gold ...

Why had the veil, if we saw perfectly through all curtained?

And different from the things he had in heaven, those things were done that?

That was one set of tiny things, whose structure contemplated ...
The small grains ... and the forces that walked and ordered that supported small grains ...

one day the men would call these things of atoms ...
Who were near empty and as far as gold ...

The darkness stretched over the horizon expansion created.
When the celestial cataclysm finished, we wondered why he did not stop at all.
His are the strings that tie the fabric of existence.
Are your powers supporters of all things.
What happened defied the strings and cut the columns firmed according to their wisdom.
One in which dwells no darkness, now in Spirit, walked on its creation victim of hate.

The heart walked over darkness.

the powers were shaken.
A created being decided against the decision.
A creation allowed himself to love darkness rather than light.
to love the chaos more than life.
Refused the purpose of eternity and refused life as a profession.
Who believed that power should dominate.
One who thought the force was destroyed.
That the eternal should cease.
God was not worthy of the immeasurable power that dwelt therein.

This is preferred to himself before all things.

Who could measure his power on the day he gone mad?
A whole universe lay over a premeditated destruction.
Destruction that was only contained by an even greater power.

However, if for a moment the seed of life that God scattered among the celestials, was resumed,
for a moment in his will there was a shadow, one not, one reaches a sufficient ...

What would be the bastard ... and we all ...

We understood that in some way, like a burden to your heart.
So we remain silent when His Spirit hovered over the face of the deep.

We could see it. Only we could see his spirit.

Do not burn it in our hearts?
Yes Stronger than all.

It burned.
It burned.

Then the Lord came, he and four cherubim.

His Spirit involved all the cherubim and the Lord.
And the silver stripes appeared on our crowd.. The Lord stood over the face of the deep. Knew what he would do.
He raised his hands up.

Glowed the hands of God.
The Cherubim is burning.
Glowed the cherubim.
And our hearts  burning.
And the shapeless mass moved ...
The cords parties
were all recreated ...
and the Lord looked at us. And smiled.


Was still raised his hand, his voice bristled when all dimensions and was heard even in his heavenly sanctuary:

- Let there be light

And she shone.






















Dificil é parar de brincar...quando se pode voar. 
Normalmente nós anjos sorrimos demais. 
Talvez porque os céus invisíveis sejam um lugar de gozo e paz inefáveis. 
Ou pelo fato de que a alegria é embriagadora para nós que voamos. 
Nós realizavamos o impossível. 






Mas, o que será isso - o impossível? 
Não existiam antes as trevas,  na terra onde sempre existiu luz.  
Chamámos de asas as coisas que nos elevavam por entre as cores da vastidão da nossa casa. 
Contáva-nos o Senhor, em grandes rodas, quando conseguia a custo nos silenciar... 
pois quando não voávamos, gritávamos...!
Impressionante é alegrar-nos diante de sua glória... 
Mas seus gestos meigos,  que resplandeciam a cada aceno da sua poderosa mão, nos faziam acalmar. 
Quando as dimensões foram criadas, cada rodopio no qual subíamos,  
...  eram como as grandiosas distancias entre as cidades nas quais habitariam os homens do mundo vindouro.


Nas festas de cânticos dos gramados imensos,
sempre entre os montes gêmeos (um dos únicos lugares onde todos nós... juntos, .. podíamos assentar...) 

Cantávamos profecias. 
Cantávamos que estava para chegar a expansão da vida sonhada, o outro lugar, lugar da terra e do jardim, onde os mundos ficariam suspensos até o tempo determinado, através da mão de Deus. 
Algo diferente das maravilhas que conhecíamos até então.
  Novamente,  sua mão tremenda... erguida e resplandecente, nos conduzia a nos aquietar.
Sua voz...
... Ouvir o som de sua voz...era maior que a vida!

Viver nos era  algo grandioso. 

Abrir os olhos, perceber,  entender e sentir. 
Ser participante de sua imortalidade e sermos permeado das torrentes do seu poder, como poder explicá-lo?

Contudo,  ouvi-lo,  quando sua voz se elevava além das alturas das águas que estrondavam no turbilhão infindável,
cuja origem era seu trono (nós o chamávamos assim, trono),
isso...
era...
incomparável.

Ainda não existia o mover do tempo e mesmo quando se iniciou, passava muito lentamente... quando Ele começava a nos falar.
E perguntávamos sobre as asas.
O Único nos falava sobre as aves que povoariam os céus da terra que criaria.
E dizia que teriam asas como as nossas...
E nós ríamos...

Ele nos falava dos desertos e dos camelos
Das árvores, cujas imensas copas se elevariam às alturas da expansão azul.

Ele nos falava de águas, numa quantidade tão grande que nela habitariam seres gigantescos.

E haveriam faixas prateadas que irromperiam sobre ás águas, que se moveriam em grande quantidade, barulhentas como montanhas que sofriam avalanches.


Os homens chamariam raios às faixas prateadas e ao romper das faixas, com as quais nós costumávamos brincar, de trovões.

- Fala-nos sobre os homens!

E o Senhor nos contava. 
E seus olhos faiscavam. 
Os homens seriam pouco menor que nós, porém tão amados quanto nós. 

Até que o dia da transformação acontecesse. 
Então seriam feitos semelhantes a nós.

E outra vez a confusão estava criada...
Ascendendo como incenso ia o turbilhão, a cada tanger das cordas do coração divino,  que fazia as estruturas celestiais estremecerem.
E nos alegrávamos porque um dos dias para o qual nascêramos era chegado... 

O Princípio de todas as coisas que seriam visíveis aos olhos do ainda incriado homem, criatura no qual esperanças incompreensíveis seriam depositadas.

Sete seriam as vezes que os céus se silenciaram por completo. 

Esta era a primeira vez.

O Senhor pediu silencio. Ele se ergueu acima da sua morada. 
Junto a ele subiram os cinco querubins.

Nós olhávamos.

O Senhor disse:

-O que estais esperando? Vinde!

O silencio foi quebrado pelos bilhões que se erguiam até sua presença. 

Então pela primeira vez fizemos silencio 
(que eu me lembre, assim em multidão, talvez a última) 
fomos com o Senhor até ao lugar determinado.  

Testemunhamos o nascimento de todas as coisas, quando ele chamou a si do nada, a tudo que existia.
Perfeitas como sua face.

Então... Não nos contivemos... De novo.
Para não perder o costume...

Nós, anjos, quando em algazarra, somos a coisa mais ruidosa que a criação possui.


Gn:1:2: E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.


Logo depois do cataclisma

Era a segunda vez que ficávamos em silencio desde o princípio.

Desta vez não nos aproximamos.

Porque o tudo pode parecer tão pouco?

Que há além da paz e da harmonia e que importa o poder ilimitado, se não há razão no que se cria? 

Porque escolher a dor em vez da vida, amargura ao amor, escuridão onde reina a luz? 
Conhecimento não é sabedoria. Sabedoria sem amor não enriquece seu possuidor.

Deus possui sabedoria infinita. Possui conhecimento inimaginável.

E bem sabe que o conhecimento não é a melhor ou a maior dádiva. Às vezes, somente um fardo.

Somente um fardo.

Silenciávamos pela perda de irmãos. De amigos. De seres de grandeza incomensurável. 
Já não haveria danças como as que aconteciam naqueles dias de outrora. 
A harmonia fora quebrada. 

Algumas coisas que já existiam antes dos dias de dor começavam a fazer certo sentido.

Sempre perguntávamos o porque do véu na pequena tenda, na qual entrávamos, onde havia aqueles pequenos querubins feitos de ouro... 

Porque havia véu, se víamos perfeitamente através de todas as cortinadas?

E diferente das coisas que havia nos céus, aquelas coisas eram feitas de que?

Que era aquele conjunto de coisas minúsculas, cuja estrutura contemplávamos...
Os pequenos grãos... e as forças que caminhavam ordenadas e que sustentavam os pequenos grãos... 

um dia os homens chamariam essas coisas de átomos... 
Que de perto eram como o vazio e de longe como o ouro...

As trevas se estenderam sobre os horizontes da expansão criada. 
Quando o cataclisma celeste terminou, nós nos perguntávamos porque Ele não a impediu de todo.
Suas são as cordas que amarram os tecidos da existência. 
São seus os poderes sustentadores de todas as coisas.
O que aconteceu afrontou as cordas e despedaçou as colunas firmadas segundo sua sabedoria.
Aquele no qual não habita trevas, agora em Espírito,  caminhava sobre sua criação vitima do ódio.

O coração caminhava sobre a escuridão.

Poderes foram abalados. 
Um ser criado decidiu contra a decisão. 
Uma criação permitiu-se amar as trevas mais do que a luz. 
Ao caos mais que à vida. 
Recusou o propósito de eternidade e recusou a vida como profissão. 
Um que cria que o poder devia dominar. 
Um que pensava que a força devia destruir. 
Que o eterno deveria cessar. 
Que Deus não era digno do poder incomensurável que nele habitava. 

Este ser preferiu a si mesmo antes de todas as coisas.

Quem poderia medir o seu poder no dia em que enlouqueceu? 
Um universo inteiro jazia sobre uma destruição premeditada. 
Destruição que só foi contida por um poder ainda maior. 

Entretanto, se por um momento a semente de vida que Deus espalhou entre os seres celestiais, fosse retomada,
se por um momento na sua vontade houvesse uma sombra, um não, um chega, um basta...

Que seria do bastardo... e de todos nós...

Nós entendíamos que de algum modo, pesávamos no seu coração.
Por isso nos calamos quando seu Espírito pairou sobre a face do abismo.

Nós podíamos vê-lo. Somente nós podíamos ver seu espírito.

Não queimava sua presença em nossos corações?
Sim. Mais forte do que tudo.

Ele queimava.
Ele queimava.

Então o Senhor se aproximou, ele e quatro querubins. 

Seu Espírito envolveu a todos os querubins e ao Senhor. 
E as faixas prateadas romperam sobre a nossa multidão. O Senhor parou sobre a face do abismo. Bem sabia o que iria fazer.
Ergueu suas mãos para o alto.

Incandesceram as mãos de Deus. 
Os Querubins incendiaram. 
Incandesciam os querubins.  
E os nossos corações queimaram.
E a massa informe se movia...
Os cordões antes partidos
recriados foram todos... 
e o Senhor nos olhou. E sorriu.

Ainda estava erguida sua mão, quando sua voz crispou todas as dimensões e foi ouvida até no seu santuário celestial:

- Haja luz

E ela resplandeceu.

Welington Corporation