terça-feira, 29 de março de 2011

Sobre a interpretação sobre o inferno

E se tudo que milhares de pregadores e professores  disseram a respeito do sofrimento eterno e de certa interpretação sobre o inferno...estiver BIBLICAMENTE  e insofismavelmente...errada...

Isso é um esboço de Teologia, revendo ou discordando da doutrina do sofrimento eterno pregada por milhares de denominações.  


A Welington Corporation apresenta, com certo cuidado:



Esboço de Teologia Sistemática - Juerp

Questionando a doutrina do sofrimento eterno


O autor deste texto foi muito longe. Os teólogos da FT&CA (Filosofia Teologia e Coisas Afins) acharam fantástica a proposição, embora não compactuem com o autor sobre o estado da morte, como se os mortos estivessem desmaiados. No final da apostila o  não tão fabuloso   FT&CA comentará sobre o que é morrer (!!!!) . 
Mas, de resto, concordamos em verso e prosa com a OUSADA argumentação do autor. É interessante e digna de meditação a visão sobre essa questão exposta pelo autor.

Boa viagem


A doutrina da existência de um ‘inferno de fogo’ tem despertado e atenção dos homens de todos os séculos. Pensadores têm rejeitado o cristianismo por causa de tal doutrina; jovens têm abandonado a crença em Deus, pois pensam: “Não posso crer em um Deus que para demonstrar sua justiça tenha de atormentar no fogo a alma de uma pessoa eternamente; Ele não existe...”. Muitos têm saído das fileiras do cristianismo por causa deste assunto. Isto poderia ser evitado, caso fosse feito um estudo sincero, honesto e fiel ás regras de interpretação do verso Bíblico e ao contexto das Escrituras.



O presente estudo irá analisar o que é o inferno de acordo com o ensino Bíblico; qual o correto significado de alguns dos textos Bíblicos que mencionam a palavra ‘inferno’; o inferno de fogo existe hoje ou existirá em um futuro? Por quanto tempo?

Antes disso, é importante salientar o que a Bíblia ensina sobre o estado do homem na morte:

A Bíblia diz que Jesus Cristo criou todas as coisas com Deus o Pai, e que Ele existe desde a eternidade. “Ele é a imagem do Deus invisível o primogênito de toda a criação; pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio Dele e para Ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste. (todos vivem por meio Dele, pois é Jesus quem dá vida e respiração a todas as criaturas do universo -Colossenses 1:15-17) (Leia Miquéias 5:2; João 1:1-3 - cf. Apocalipse 19:13; João 17:5; Romanos 9:5; Filipenses 2:5-11; Colossenses 2:8-10; Tito 2:13; Hebreus 1:6-12; I João 5:20, etc.)”.

Pelo fato de Jesus ter ajudado a Deus, o Pai, e também o Espírito Santo, a criar todas as coisas, é muito óbvio que Ele saiba melhor que qualquer um como é a morte. Vejamos o que Jesus diz sobre a morte:


“Isto dizia e depois lhes acrescentou: Nosso amigo lázaro adormeceu, mas vou para despertá-lo. Disseram-lhe, pois, os discípulos: Senhor, se dorme, estará salvo. Jesus, porém, falara com respeito á morte de Lázaro; mas eles supunham que tivesse falado do repouso do sono. Então, Jesus lhes disse claramente: Lázaro morreu...” (João 11:11-14- grifo nosso).

Depois de ficar doente, Lázaro morreu. E o que Jesus disse a respeito da morte de Lázaro? Disse que ele estava dormindo! Não devemos duvidar do Senhor. Ele sabe melhor que nós qual é o estado do homem na morte. A Bíblia compara a morte a um sono em aproximadamente 53 versos diferentes.

O Antigo Testamento, que também teve sua inspiração do Espírito Santo (II Timóteo 3:16), também declara que, quando um a pessoa morre, ela está em total inconsciência. Veja: “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem “coisa nenhuma”, nem tampouco terão eles recompensa, pois sua memória está entregue ao esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram: para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.” (Eclesiastes 9:5,6- leia também Salmo 6:5;Salmo115:17;Salmo 146:3,4;Isaías 38: 18,19).


O próprio Jesus disse que a ressurreição será no último dia, quando ele voltar (João 6:40). Mas como harmonizar estes versos com aqueles que mencionam o “tormento eterno?”.



Primeiramente temos de entender que a Bíblia foi inspirada pelo Espírito Santo. (II Pedro 1:20, 21).

Sendo que o Espírito Santo é perfeito, Ele não vai se contradizer; não irá dizer em uma parte da Bíblia que na morte a pessoa está em total inconsciência e em outra afirmar que os ímpios sofrerão eternamente na segunda morte.

Portanto, se há uma aparente contradição não é culpa de Deus, mas sim nossa, pois somos limitados por causa do pecado. Outro fator que leva-nos a encontrar “contradições” na Bíblia é o fato de não a estudarmos profundamente. É o que pretendemos fazer agora, analisando estes versos em seu contexto e verdadeiro significado; vejamos um estudo sobre este tema elaborado pelo Professor de Teologia Pedro Apolinário:

[1][2]Para entendermos melhor sobre o assunto, temos de analisar alguns pontos:

1o) Quais as palavras hebraicas e gregas que foram impropriamente traduzidas por inferno;
2o) Que significam estas palavras na língua original;
3o) Analisar as dificuldades em bem traduzi-las.



A doutrina de um inferno para tormento eterno é de origem pagã, foi aceita pela igreja dominante, nos séculos escuros da Idade Média, para intimidar os pagãos a aceitar as crenças católicas”.

Vamos fazer uma análise das palavras traduzidas por inferno. Partes deste estudo foi tirado do livro de Pedro Apolinário, “Explicação de textos difíceis da Bíblia”, págs. 135 a 142:





Análise das palavras erradamente traduzidas por inferno:

Sheol.

Este vocábulo aparece 62 vezes no Velho Testamento.  

Sheol era o lugar para onde iam os mortos, por isso é sinônimo de sepultura, ou lugar de silêncio dos mortos.

Sheol nunca teve em hebraico a idéia de lugar de suplício para os mortos.

Sendo difícil traduzi-los porque nenhuma palavra em português dá a exata idéia do significado original, o melhor é mantê-la transliterada como fazem muitas traduções. A tradução brasileira não a traduz nenhuma vez.

Experimente traduzir sheol por inferno nestas duas passagens: Gênesis 42:38 e Jonas 2:1-2.

Hades.

É usada apenas 10 vezes no Novo Testamento: Mateus 11:23; 16:18; Lucas 16:23; Atos 2: 27,31; Apocalipse 1:18; 6:8; 20:13,14 (I Cor. 15:55).

Sobre o emprego desta palavra em I Cor. 15:55, Edílson Valiante numa Monografia sobre a palavra Hades, pág. 27 (1978), declarou:

“A passagem de Paulo de I Cor. 15:55 apresenta um problema de crítica textual. Na leitura feita na Septuaginta, encontramos também neste verso a palavra Hades, no vocativo. As traduções mais antigas da Bíblia, antes das descobertas do século XIX para cá, traziam a palavra “inferno” como sendo tradução de hades”.

“Com estudos feitos na área da crítica textual, valendo-se das importantíssimas descobertas de Tishendorf, verificou-se que a palavra usada não era Hades, mas a palavra yanatov (morte). Este estudo foi baseado nos mais fidedignos manuscritos descobertos até hoje”.

“Com tudo isto ficou claro que Paulo não usou nenhuma vez termo hades em seus escritos, provavelmente para não confundir com os conceitos deturpados do hades que existiam em sua época. Outra razão é dada por Edwards, dizendo que Paulo, escrevendo em grego, procurava fugir do mau agouro que acompanhava a palavra e causava terror ao povo; cota Platão a para reafirmar sua idéia: “O povo em geral usava a palavra Pluto como eufemismo do hades, com seus temores de levá-los para as partes errôneas do invisível”. É certo, também que Paulo não usou nenhuma vez a expressão Pluto, mas subentendendo o conceitualismo Bíblico, em Romanos 10:7 usa o termo abismo”.

Edílson Conclui sua ponderações declarando: Além de todas essas razões, Nichol, em seu Answers to Objections diz:

“Nós concluímos que também em I Cor. 15:55, onde a palavra sepultura é uma tradução de Hades, e descreve que sobre o tal os justos serão finalmente vitoriosos na ressurreição. Incidentalmente, I Cor. 15:55 é uma citação do Velho Testamento (Oséias 13:14), onde encontramos a palavra sheol aplicada”. – F. Nichol. Answers to Objections, pág. 366.

Nas melhores traduções da Bíblia, inclusive na versão de Almeida Revista e atualizada, o termo inferno já foi substituído por morte.
A palavra “Hades” no Novo Testamento corresponde exatamente á palavra “Sheol” do Velho Testamento. No Salmo 16:10 Davi disse: “Pois não deixarás a minha alma no Sheol...”.

Pedro usando esta passagem profética do Velho Testamento afirmou em Atos 2:27: “Porque não deixará a minha lama no hades...”.

Outra prova da sua exata correspondência se encontra na tradução da Septuaginta, pois das 62 vezes que Sheol é usada no Velho Testamento, 61 vezes foi traduzida por hades.

Origem da palavra Hades.

Provém do prefixo a – alfa grego com a idéia de negação, privação e do verbo idein = ver, significando então: o que não é visto, lugar de onde não se vê, por isso é sinônimo de sepultura, habitação dos mortos.

Os gregos dividiam o Hades em duas partes, (posteriormente falavam até em quatro): o Elysium – a habitação dos vitoriosos e o Tártarus – a habitação dos ímpios.

Esta idéia de divisões e subdivisões do Hades é totalmente pagã sem nenhum apoio Bíblico.

Geena.

Palavra hebraica transliterada para o grego geena, que se encontra nas seguintes 12 passagens: Mateus 5: 22, 29, 30; 10:28; 18:9; 23:15, 33; Marcos 9:43, 45, 47; Lucas 12:2; Tiago 3:6.

Geena vem do vocábulo hebraico Ge Hinom ou Gé Ben Hinom – Vale de Hinom ou Vale do filho de Hinom. Nesse vale havia uma elevação denominada Tofete, onde ímpios queimavam seus próprios filhos.

Este vale se situava a sudoeste de Jerusalém; neste local, antes da conquista de Canaã pelos filhos de Israel, cananitas ofereciam sacrifícios humanos ao deus Moloque.

Terminados os sacrifícios humanos, este local ficou reservado para depósito do lixo proveniente da cidade de Jerusalém. Juntamente com o lixo vinham cadáveres de mendigos encontrados mortos na rua ou de criminosos e ladrões mortos quando cometiam delito. Estes corpos, ás vezes, eram atirados onde não havia fogo, aparecendo os vermes que lhes devoravam as entranhas num espetáculo dantesco e aterrador. É a este quadro que Isaías se refere no Capítulo 66 verso 24.  

Por estas circunstâncias, este vale se tornou desprezível e amaldiçoado pelos judeus e símbolo de terror, da abominação e do asco e mencionado por Jesus com estas características. Ser atirado á Geena aos a morte, era sinônimo e desprezo ao morto, abandonado pelos familiares, não merecendo ao menos uma cova rasa, estando condenado á destruição eterna do fogo.

O vale de Hinom era um crematório das sujidades da cidade de Jerusalém.

O fogo ardia constantemente neste sítio e com o objetivo de avivar as chamas e tornar mais eficaz a sua força lançavam ali enxofre.. Devido a estas circunstâncias, Jesus com muita propriedade usou este vale para ilustrar o que seria no fim do mundo a destruição dos ímpios, sendo queimados na Geena universal.

Tártaro.

A palavra grega “Tártaro” ocorre somente uma vez no Novo Testamento. Encontra-se em II Pedro 2:4 e diz o seguinte:

“Ora, se Deus não poupou a anjos quando pecaram, antes precipitando-os no inferno (Tártaro no original) os entregou a abismos de trevas, reservando-os para o Juízo”.

A palavra tártaro, usada por Pedro se assemelha muito á palavra “Tartarus”, usada na etimologia grega, com nome de um escuro abismo ou prisão; porém, a palavra tártaro, parece referi-se melhor a um ato do que a um julgar. A queda dos anjos que pecaram foi do posto de honra e dignidade á desonra e condenação; portanto, a idéia parece ser: Deus não poupou aos anjos que pecaram, mas os rebaixou e os entregou a cadeias de trevas. Não existe nenhuma idéia de fogo ou tormento nesta palavra, ela simplesmente declara que estes anjos estão reservados para julgamento futuro. 

Os problemas relacionados com a palavra inferno se desfazem como bolhas de sabão, quando conhecemos bem o significado etimológico dos termos sheol, hades, geena e tártaro, que jamais poderiam ser traduzidos pela nossa palavra inferno por ter uma conotação totalmente diferente do que é expresso por aqueles vocábulos.

A palavra inferno foi usada pelos tradutores por influências pagãs e por preconceitos enraizados na mente de muitos, mas totalmente estranhos ao texto sagrado.

De acordo com a Bíblia todos os que morrem, quer sejam bons, quer sejam maus descem á sepultura, ao lugar de esquecimento e ali esperam até o dia da ressurreição quando então receberão a recompensa. (Apocalipse 22:14). (posição do autor do texto, por enaquanto, prossiga a viagem, nota do FT&CA)

Muitas das traduções modernas da Bíblia, mais fiéis aos originais hebraico e grego, preferem manter estas palavras transliteradas, por expressarem melhor o que o que elas significam.

As palavras Sheol em hebraico e Hades em grego eram usadas para sepultura, não trazendo nenhum sentido de sofrimento e castigo eterno.

Geena apenas figurativamente foi usada por Jesus como um símbolo das chamas destruidoras dos últimos dias por causa do envolvimento da palavra nos acontecimentos anteriormente descritos.[2][3]


Textos Não Compreendidos.

Marcos 9:47 e 48:

“E, se um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca-o; é melhor entrares no reino de Deus com um só dos teus olhos do que, tendo os dois seres lançado no inferno,  onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga”.

Neste verso, Jesus está citando um verso de Isaías, capítulo 66 verso 24. Portanto, é necessário que usemos também este verso de Isaías para entendermos o que está escrito em Marcos.

Vejamos:

“Eles sairão e verão os cadáveres dos homens que prevaricaram contra mim; porque o seu verme nunca morrerá, nem o seu fogo se apagará; e eles serão um horror para toda a carne”. (Isaías 66:24).

Esta passagem fala em “Cadáveres”, não em pessoas gritando;
É preciso muita imaginação para supor que este verme não morre, e ainda no fogo!

Notou que o verso diz que o verme não morre? Será que este verme é imortal?

Mas e então o que significa a passagem?

Como vimos anteriormente no estudo do professor Pedro Apolinário, a palavra grega utilizada por Jesus nesta passagem é “Geena” vem de um vocábulo hebraico que se refere ao “Vale de Hinom”, onde eram queimados pessoas mortas (vivas em sacrifícios oferecidos pelos pagãos) e o lixo que vinha da cidade de Jerusalém.

Jesus utilizou esta palavra apenas figurativamente como um símbolo das chamas destruidoras dos últimos dias no julgamento e punição dos ímpios. Sendo que os discípulos sabiam que no vale de Hinom as pessoas eram queimadas totalmente, Jesus usou esta palavra para que eles pudessem compreender melhor a forma com que os ímpios serão destruídos.

Assim como o fogo do Vale de Hinom “nunca se apagava” por que era constantemente aceso enquanto não terminasse de queimar totalmente, assim o fogo que não se apaga no dia do Juízo não se apagará enquanto não consumir toda a pessoa.

O sentido desta passagem de Marcos é: Completa e definitiva destruição.

Em Jeremias temos um maior esclarecimento do que significa, no contexto hebraico, a expressão “fogo que não se apaga”.

“Mas, se não me ouvirdes, e, por isso, não santificardes o dia de sábado, e carregardes alguma carga, quando entrardes pelas portas de Jerusalém no dia de sábado, então, acenderei fogo nas suas portas, o qual consumirá os palácios de Jerusalém e não se apagará”. (Jeremias 17:27).

Percebeu? Deus falou que se o povo continuasse a profanar o Sábado, iria acender fogo nas portas da cidade que “não se apagará”. De acordo com II Crônicas 36:19-21, esta profecia se cumpriu.

As portas da cidade estão queimando até hoje? Não!

Isto mostra de forma clara que esta expressão “fogo que não se apaga” é simbólica, usada para descrever a eficácia da destruição.

Mas o que dizer da expressão “Choro e ranger de dentes”, mencionada em Mateus 25:30 em outros versos Bíblicos?

Jesus não diz que o “choro e ranger de dentes” são eternos.

Haverá choro e ranger de dentes por parte dos ímpios que perderão a salvação; mas as Escrituras não afirmam que será por um tempo indeterminado.

Apocalipse 20:10

“O diabo, o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago de fogo e enxofre, onde já se encontram não só a besta como também o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos”. (Apocalipse 20:10).

Primeiramente, temos de perceber que o Apocalipse é um livro simbólico; é linguagem Apocalíptica.

De acordo com o próprio livro, o lago de fogo e enxofre é um símbolo da segunda morte, aquela em que não haverá mais oportunidade de ressurreição. Veja:

“Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte”. (Apocalipse 21:8).

Portanto, o lago de fogo e enxofre é a segunda morte. 

No sentido literal, o lago de fogo só existirá após o período dos mil anos. Isto é muito claro nas Escrituras:

“Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo”. (Apocalipse 20:14 RA).

Leia o contexto da passagem e verá que tal lago de fogo será “após o período dos mil anos” que passaremos no céu, e não antes disto. Quando a Bíblia usa a palavra inferno no sentido de fogo o faz referindo-se ao lago de fogo no fim; e este lago, não será eterno.

Deve-se ressaltar também que este texto diz que a morte e o inferno serão lançados no lago de fogo. Se tomarmos este texto como sendo literal, teremos de admitir que a morte é alguém e que Deus irá lançar fogo dentro do fogo (pois diz que o inferno será lançado no lago de fogo); tal seria um disparate.

“Ao mesmo tempo em que é evidente que os ímpios sofrerão uma terrível sorte, com punição e tormento correspondentes a sua culpa, também é certo que haverá um fim do pecado e pecadores. Um inferno ardendo eternamente cheio de criaturas histéricas, que blasfemam, e incessantemente atormentadas seria uma perpetuação e não um fim ao pecado e ao sofrimento. Em vez de pôr fim à tragédia humana, seria uma terrível perpetuação e aumento dela, sem finalidade e sem propósito”[3][4].

O sofrimento de alguns pecadores ao queimarem sem dúvida durará um período de vários dias e noites (Ap 20:10), porque cada pessoa ímpia será recompensada “conforme as suas obras” (Mateus 16:27). Sendo assim, o diabo demorará mais tempo do que os outros, pois seus pecados foram um maior proporção do que os pecados de qualquer outro; mas a Bíblia não diz que ele será atormentado pela eternidade, pois o livro sagrado afirma:

“... os ímpios serão como o restolho; o dia que vem os abrasará, diz o SENHOR dos Exércitos, de sorte que não lhes deixará nem raiz nem ramo... Pisareis os perversos, porque se farão cinzas debaixo das plantas de vossos pés, naquele dia que prepararei, diz o SENHOR dos Exércitos”. (Malaquias 4:1-3).

A Palavra de Deus é clara em dizer que os ímpios se farão em cinzas; alguém que se desfez em cinza não existe mais; não pode gritar.

Neste momento pode surgir a pergunta: mas porque então em Mateus 25:46 diz: “E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna?” (Mateus 25:46). Façamos um estudo sobe a palavra Aionios, traduzida em nossas Bíblias por ‘eterno’, ‘para sempre’, etc..:

Castigo Eterno (Aionios).

Li certa vez no livro do Dr. D. James Kennedy (Pastor da Igreja Presbiteriana – estrangeiro) intitulado “Porque Creio”, um de seus ‘argumentos’ acerca da palavra aion em relação à eternidade da punição dos ímpios (olam em hebraico), no subtítulo “Porque Creio no Inferno”, p. 56 o seguinte:

“A palavra hebraica usada no Velho Testamento para eterno é olam, com seus derivados e cognatos. No Novo Testamento, a palavra paralela é o vocábulo grego aionios, e todos os seus derivados cognatos, derivados de aeí, que significa sempre. Um autor declara que todas as palavras usadas no grego e no hebraico, para se referir á eternidade de Deus e á eternidade das bênçãos dos redimidos no céu são usadas também para descrever a eternidade dos sofrimentos dos perdidos no inferno (MUNSEY, William Elber – Eternal Retribution. Murfreesboro, TN, Sword of Lord Publishers, 1951, p. 65.). Se a punição do ímpio fosse limitada ao tempo, então chegaria também o dia em que Deus seria extinto, pois os mesmos termos são usados. Se esses termos não descrevem a eternidade, então não existe no grego ou no hebraico uma palavra que significa eternidade – e isso é impossível. Usou-se toda palavra que poderia ser usada para significar eternidade”.

É de pasmar que um doutor em teologia afirme que esta palavra sempre signifique um “período sem fim”...

“As palavras que se traduzem por “eterno” e “todo o sempre” não significam necessariamente que nunca terão fim. No Novo Testamento, vem do grego aion, ou do adjetivo aionios. É impossível forçar este radicas grego significar sempre um período que não tem fim.

“A palavra aionios, traduzida como "eterno", "para sempre", significa literalmente "perdurando por um século".[4][5]

Comentando o texto de Filemom 15, o erudito H. G. Moule:

“O adjetivo aionios tende a marcar a duração enquanto a natureza da matéria o permite. E no uso geral tem íntima relação com as coisas espirituais”.Para sempre” neste verso neste texto significa permanência de restauração tanto natural como espiritual. 

Ligado, porém, a Deus significa eterno, para sempre. Também ligado á “vida” que provém de Deus, significa uma vida de duração sem fim”.[5][6]

“No grego, a duração de aionios deve sempre se determinar em relação com a natureza da pessoa ou coisa a qual se aplica. Por exemplo, no caso de Tibério César, o adjetivo aionios descreve um período de 23 anos, desde sua ascensão ao trono até sua morte”.[6][7]

“No NT a palavra aionios se emprega para descrever tanto o fim dos ímpios como o futuro dos justos. Seguindo o princípio já enunciado de que a duração de aionios deve determinar-se pela natureza da pessoa ou coisa a qual se aplica, se deduz que o galardão dos justos é uma vida sem fim, enquanto que a retribuição dos ímpios é morte que não tem fim (João 3: 16; Rom. 6: 23; etc.). Em João 3: 16 se estabelece o contraste entre a vida eterna e perecer. Em II Tes. 1:9 se diz que os ímpios sofrerão "pena de eterna perdição". Esta frase não descreve um processo que seguirá para sempre senão um ato cujos resultados serão permanentes”[7][8].

“O castigo pelo pecado é infligido por meio do fogo (Mat. 18: 8; 25: 41). Que esse fogo seja aionios, "eterno", não significa que não terá fim. Isto fica claro ao considerar Judas 7. Evidentemente, o "fogo eterno" que destruiu a Sodoma e Gomorra ardeu por um tempo e depois se apagou. Em outras passagens Bíblicas, se faz referência ao "fogo que nunca se apagará" (Mat. 3: 12), o qual significa que não se extingüirá até que haja queimado os últimos vestígios do pecado e dos pecadores”[8][9].

Um bom exemplo temos, como mencionado anteriormente, na passagem Bíblica de Judas sete:

“...como Sodoma, e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregado à prostituição como aqueles, seguindo após outra carne, são postas para exemplo do fogo eterno(pyros aionioy), sofrendo punição”. (Judas 1:7 RA).

A Bíblia diz que Sodoma e Gomorra estão postas como exemplo de fogo eterno.

Analisemos: Por acaso estas cidades ainda estão ardendo? Não, pois em II Pedro 2:6 diz que estas cidades firam “reduzidas a cinzas”!

Sodoma e Gomorra não estão queimando, pois além de serem transformadas em cinzas, hoje elas estão localizadas embaixo do Mar Morto. Água pega fogo?

O significado de aionios (e seus derivados) como uma existência infinita (no caso de referir-se a Deus e á sua natureza, por exemplo) “não é derivada da expressão em si, mas da com que está associada.”[9][10]. (neste caso, Deus).

“51 vezes no Novo Testamento, aionios se aplica á eterna alegria dos redimidos, o que, é claro, não possui limitação de tempo. Pelo menos 70 vezes na Bíblia, essa palavra qualifica objetos de uma natureza limitada e temporária; assim, indica apenas uma duração indeterminada. Quando lemos que Deus é “eterno”, isso é verdadeiramente eterno, como entendemos o termo. Quando lemos que as montanhas são “perpétuas”, significa que duram tanto quanto possível durar uma montanha. A Bíblia, freqüentemente, usa aion, aionios e seus derivados hebraicos (olam em suas várias formas) para falar de coisas que findam. O aspergir do sangue na Páscoa era uma “ordem eterna”. (Êxodo 12:24), assim como o sacerdócio de Arão (Êxodo 29:9; 40:15; Levíticos 3:17), a herança de Calebe (Josué 14:9), o templo de Salomão (I Reis 8:12, 13); o tempo de vida de um escravo (Deuteronômio 15:17) e a lepra de Naamã (II Reis 5:27). Essas coisas não duraram “para sempre” de acordo com nossa concepção da palavra. Elas duram além da visão daqueles que as ouviram pela primeira vez sendo chamadas “eternas”, e depois disso nenhum tempo limite foi estipulado. Aionios fala sobre o tempo ilimitado, dentro dos limites determinados para aquilo que modifica”[10][11].

Portanto, podemos concluir que a expressão “fogo eterno” na linguagem Bíblica não quer dizer um período sem fim.

O fogo será eterno nas conseqüências, nos resultados (a pessoa nunca mais será ressuscitada) e não na duração.

“O Castigo é eterno quanto foi a destruição de Sodoma, mas o ato de punir não continua, perpetuando assim o pecado e o sofrimento”[11][12].

Se o estado de punição continuasse, passagens como a de Apocalipse 21:4 e outras que mencionam que não mais haverá o pecado e o sofrimento não poderiam estar na Bíblia, pois os maus continuariam blasfemando contra Deus no inferno (blasfemar a Deus é pecado) e sofreriam as dores do fogo para sempre (o sofrimento não teria um fim). Haveria uma grande incoerência nas Escrituras. Graças a Deus que não é assim!

Alguns teólogos querem confundir a mente das pessoas; a Bíblia tem textos claríssimos de que aion pode se referir a um curto período de tempo (lembra do exemplo de Davi? A Bíblia diz que Davi seria rei de Israel eternamente (para sempre). A mesma escritura Sagrada diz que Davi morreu e que reinou sobre Israel 40 anos. (I Reis 2:10 e 11; I Crônicas 29:27 e 28). Paulo também disse que Davi “adormeceu” (Atos 13:36). O termo “eternamente” ou “para sempre” neste verso simplesmente refere-se a um período de 40 anos, tempo em que Davi reinou). Vemos portanto que a expressão ‘eterno’ nem sempre expressa um período sem fim.

Os comentaristas que crêem no tormento eterno deveriam avaliar estes versos Bíblicos que mostram a curta duração de tempo (em alguns casos) no significado de aoin. Devemos usar toda a Escritura para depois chegarmos a um consenso. Infelizmente, tal não é feito por estes irmãos. Creio que Deus irá dar a eles toda a instrução para que não permaneçam neste equívoco; caberá a eles aceitar. 

A vida eterna dos justos não exige um sofrimento eterno para os ímpios, “assim como pastos verdes não exigem vacas verdes”. (Pastor Mark Finley).

O fogo será eterno nas conseqüências (a pessoa nunca mais será ressuscitada) e não na duração.

Apocalipse 14:11

“A fumaça do seu tormento sobe pelos séculos dos séculos, e não têm descanso algum, nem de dia nem de noite, os adoradores da besta e da sua imagem e quem quer que receba a marca do seu nome”. (Apocalipse 14:11).

Esta passagem é muito semelhante á de Apocalipse 20:10. A explicação anterior aplica-se a este texto também, mas vou dar outro exemplo Bíblico do que significa a expressão “a fumaça de seu tormento sobe pelos séculos dos séculos”.

“Os ribeiros de Edom se transformarão em piche, e o seu pó, em enxofre; a sua terra se tornará em piche ardente. Nem de noite nem de dia se apagará; subirá para sempre a sua fumaça; de geração em geração será assolada, e para todo o sempre ninguém passará por ela”. (Isaías 34:9-10).

O texto diz que Edom seria destruída, e que seu fogo não se apagaria nem de dia e nem de noite, e que “sua fumaça subirá para sempre”.

“Onde estão os Edomitas? Já desapareceram a muito tempo e na sua terra o fumo não está subindo nem queimando e muito menos o piche está ardendo até hoje (Ezequiel 25:13 e 14)”.[12][13]

Como comentamos antes, o Apocalipse está cheio de linguagem simbólica. Este livro nos apresenta bestas horríveis, escorpiões, um cordeiro abrindo um livro, um dragão fazendo guerra contra uma mulher, etc.

O Dragão e a besta que são atirados no lago de fogo são figuras simbólicas; portanto, a fumaça do tormento subindo pelos séculos dos séculos também é simbólica. Esta expressão é uma forma poética de falar (usada pela Bíblia) sobre uma terrível conclusão: a natureza irrevogável do julgamento final. [13][14]

Quanto Tempo É Para Sempre?

Outro fator muito importante, e talvez o mais de todos, é o fato de que na Bíblia a expressão “para sempre” na maioria dos casos não tem o mesmo significado que para nossa língua portuguesa; portanto, o mais seguro é buscarmos o significado deste termo na própria Bíblia e não em dicionários. Eis alguns exemplos:

1o Exemplo:

“Então, o seu senhor o levará aos juízes, e o fará chegar à porta ou à ombreira, e o seu senhor lhe furará a orelha com uma sovela; e ele o servirá para sempre”. (Êxodo 21:6 RA).

Quando Moisés deu a Israel a lei acerca da relação de um senhor para com seu servo, ele disse que depois que o empregado tivesse a orelha furada, teria de servira o seu senhor “para sempre”. Será que isto quer dizer que nós (e o povo de Israel) teremos escravos por toda a eternidade? De maneira nenhuma, pois ao escravo morrer, não poderia mais servir ao seu senhor.

Neste contexto, a expressão “para sempre” significa que o servo tem de servir ao seu dono enquanto ele viver.

2o Exemplo:

“Ana, porém, não subiu e disse a seu marido: Quando for o menino desmamado, levá-lo-ei para ser apresentado perante o SENHOR e para lá ficar para sempre”. (I Samuel 1:22).

Ana, a mãe de Samuel, levou-o ao templo para que ele servisse “para sempre”. Por acaso Samuel iria estar no templo terreno aprendendo a ser um sacerdote para sempre? Não, pois a Bíblia diz em I Samuel 1:28 que ele estaria lá enquanto vivesse.

3o Exemplo:

“Desci até aos fundamentos dos montes, desci até à terra, cujos ferrolhos se correram sobre mim, para sempre; contudo, fizeste subir da sepultura a minha vida, ó SENHOR, meu Deus!” (Jonas 2:6).

Aqui Jonas está relatando o incidente que o tinha acometido: tinha sido engolido por um grande peixe e estava na barriga dele. Mas será que ele ficou para sempre dentro do peixe? Deixemos que a própria Bíblia nos responda:

“Deparou o SENHOR um grande peixe, para que tragasse a Jonas; e esteve Jonas três dias e três noites no ventre do peixe”. (Jonas 1:17).

“Então, alguns escribas e fariseus replicaram: Mestre, queremos ver de tua parte algum sinal. Ele, porém, respondeu: Uma geração má e adúltera pede um sinal; mas nenhum sinal lhe será dado, senão o do profeta Jonas. Porque assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da terra”. (Mateus 12:38-40)

O livro de Jonas diz e o próprio Senhor Jesus Cristo que Jonas esteve “três dias e três noites” na barriga do peixe. Neste contexto, a expressão para sempre é três dias e três noites.

4o Exemplo:

“Portanto, a lepra de Naamã se pegará a ti e à tua descendência para sempre. Então, saiu de diante dele leproso, branco como a neve”. (II Reis 5:27).

Geazi foi atacado pela lepra, e o relato Bíblico diz que seria para sempre. Isto aconteceu aproximadamente 900 anos antes de Cristo nascer. É Geazi um leproso hoje?

O único significado razoável que “para sempre” pode ter neste caso é que Geazi seria leproso até que a morte o tomasse. [14][15]

5o Exemplo:

“... Arão foi separado para servir no Santo dos Santos, ele e seus filhos, perpetuamente, e para queimar incenso diante do SENHOR, para o servir e para dar a bênção em seu nome, eternamente”. (I Crônicas 23:13).

Quando Arão foi consagrado como sumo-sacerdote, seu dever foi logo o de servir ao Senhor, e “dar a bênção em seu nome eternamente” (ou para sempre).

Arão morreu sobre o Monte Hor antes de os filhos de Israel entrarem na terra de Canaã. (Números 20:28 e 29). Ele viveu 123 anos (Números 33:38 e 39). Neste caso a expressão “eternamente” significa enquanto Arão vivesse.[15][16]

6o Exemplo:

“Quando alguém vender uma casa de moradia em cidade murada, poderá resgatá-la dentro de um ano a contar de sua venda; durante um ano, será lícito o seu resgate. Se, passando-se-lhe um ano, não for resgatada, então, a casa que estiver na cidade que tem muro ficará em perpetuidade (ou para sempre) ao que a comprou, pelas suas gerações; não sairá do poder dele no Jubileu”. (Levíticos 25:29-30).

Em tempos antigos não era permitido, por lei, ao comprador de uma casa dentro de uma cidade, murada em Israel ter um título legítimo da propriedade até decorrer um ano após ter sido feita a venda. Durante o ano o vendedor podia apresentar o valor de compra ao comprador e requerer a devolução da casa. Porém, se o vendedor não conseguisse isso antes de terminar o período de doze meses, o comprador teria um título legítimo da casa. A lei dizia: “Enquanto a casa, que estiver na cidade que tem muro, ficará em perpetuidade (para sempre) ao que a comprou, pelas suas gerações”.   

Por quanto tempo o título valia? Obviamente, enquanto o comprador conservasse a propriedade. Não havia lei que o proibia de vendê-la a outra pessoa interessada. E ele continuaria sendo o proprietário da se ela fosse queimada ou destruída? Continuaria sendo sua depois que ele morresse? Aquela lei foi emitida cerca de 1.400 anos antes de cristo nascer. Ainda estão de pé tais casas das antigas cidades muradas?

O significado de “em perpetuidade” neste caso é que o comprador teria um título da casa válido para si mesmo e para seus herdeiros por todo tempo enquanto desejassem conservar a propriedade.[16][17]

7o Exemplo:

“O SENHOR, Deus de Israel, me escolheu de toda a casa de meu pai, para que eternamente fosse eu rei sobre Israel; porque a Judá escolheu por príncipe e a casa de meu pai, na casa de Judá; e entre os filhos de meu pai se agradou de mim, para me fazer rei sobre todo o Israel”. (I Crônicas 28:4 RA).

A Bíblia diz que Davi seria rei de Israel eternamente (para sempre). A mesma escritura Sagrada diz que Davi morreu e que reinou sobre Israel 40 anos. (I Reis 2:10 e 11; I Crônicas 29:27 e 28). Paulo também disse que Davi “adormeceu” (Atos 13:36).

O termo “eternamente” ou “para sempre” neste verso simplesmente refere-se a um período de 40 anos, tempo em que Davi reinou.



Conclusão:

Havendo considerado cuidadosamente essas passagens, podemos concluir que o termo “para sempre” ou “eternamente”, conforme empregado na Bíblia, pode significar tanto um longo como um curto período de tempo. A duração do tempo envolvido vai depender da natureza da pessoa ou coisa que a expressão é aplicada.

Quando lemos a respeito de Deus, que “sua misericórdia dura para sempre” (Salmo 106:1; 107:1), significa que enquanto Deus existir, a sua misericórdia continuará a existir. Porque Ele é eterno em sua natureza, seus atributos também são eternos. Sendo assim, a palavra aionios tem o sentido de eternidade.

Quando, porém o adjetivo aionios (para sempre, eterno, etc.) é aplicado a coisas deste mundo, e expressão pode significar apenas o tempo que elas duram.

“Porque no dia da ressurreição serão concedidas aos justos a vida eterna e natureza imortal, muitas coisas ditas acerca de sua existência futura como duradouras “para sempre”, significam pela eternidade, porque a expressão “para sempre” significa o tempo que a coisa pode existir. 

Por isso, muitos eruditos Bíblicos dão ás palavras originais em hebraico e grego traduzidas como “para sempre” um significado mais preciso e correto, que é idade duradoura”.[17][18]

Algumas Provas Bíblicas De Que Os Ímpios Não serão Atormentados Por Toda a Eternidade:

Deuteronômio 32:22;
I Samuel 28:9;
Salmo 21:9;
Salmo 34:21
Salmo 37:9;
Salmo 37:10;
Salmo 37:20;
Salmo 37:28, 22 e 38;
Salmo 62:3;
Salmo 92:7;
Salmo 92:9;
Salmo 94:23;
Salmo 97:3;
Salmo 104:35;
Salmo 145; 20;
Provérbio 2:22;
Provérbio 22:23;
Provérbio 29:1;
Isaías 5:24;
Isaías 11:4;
Ezequiel 18:4 e 26;
Obadias 16;
Malaquias 4:1;
Malaquias 4:3
Lucas 17:27 e 29;
Romanos 6:23;
Romanos 8:13;
I Tessalonicenses 5:3;
II Tessalonicenses 1:7-9[18][19]
II Tessalonicenses 2:8 e 9;
Filipenses 3:19;
Tiago 1:15;
II Pedro 2:6;
Apocalipse 20:9;
Apocalipse 21:8.

Para entender melhor a justiça de Deus no trato com os ímpios, vou mostrar-lhe uma ilustração.

Digamos que uma pessoa cometeu muitos crimes: matou muitas pessoas, roubou, estuprou, etc. Ao chegar o dia de seu julgamento, o juiz resolve “absolver” o culpado. Logicamente isto iria provocar uma revolta enorme na população e iria incentivar ao crime e certamente acusariam o juiz de um tremendo sem vergonha.

Agora analisemos de outro ângulo. Suponhamos que o criminoso não seja absolvido e que o juiz o sentenciou á “tortura eterna”, através do fogo, queimando o assassino a sofrer a dor por toda a sua existência. O que as pessoas e os meios de informação iriam dizer deste juiz? Que ele é um “tirano” e homicida.

O mesmo se dá no trato de Deus com o ímpio. Se Deus não puní-los, os seres de outros mundos e os anjos não terão motivos para respeitar a Deus. Eles (outros seres) poderiam dizer:

-“se eles pecam á vontade e não são punidos, então eu também posso”!

Se o Senhor punir pessoas a uma “eternidade de sofrimento”, os anjos poderiam argumentar:

-“Seria justo uma pessoa que pecou 70 anos (ou mais, depende do tempo de vida) ser condenado a uma eternidade de sofrimento?”

Os anjos e outros seres, inclusive nós, iríamos servir a Deus “por medo do tormento eterno” e não por amor.

Entendeu o problema? O caráter de Deus, que “é amor” (I João 4:8) e “justiça” (Salmo 71:19) jamais se harmonizaria com uma coisa dessas. Deus não tem prazer nem na morte do perverso, quanto mais em vê-lo sofrer pela eternidade! (Leia Ezequiel 18:23 e 32). Deus é bom até para com os ingratos e maus (Lucas 6:35). 

Seríamos felizes no céu, se soubéssemos que algum parente ou filho nosso está queimando no “fogo do inferno”. Não. O céu seria triste se pudéssemos ouvir ou mesmo saber que algum querido nosso está ardendo em chamas. Como irias olhar para Deus? Com amor ou medo?

Graças a Deus por a Bíblia não pregar isto!

Um dia Deus irá terminar com o sofrimento. Veja:

“E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram”. (Apocalipse 21:4).

Se o “inferno de fogo” durasse para sempre, esta passagem não poderia estar na Bíblia, pois o luto, o sofrimento, o pranto e a dor não cessariam. O pecado seria eterno,o que contraria plenamente as Escrituras.

Se há um inferno eterno e o se diabo fosse atormentado por toda a eternidade juntamente com os pecadores, teríamos de aceitar pelo menos outras 4 heresias:

1a) Que o diabo, os demônios e os pecadores são e serão eternos. Deus não conseguirá um dia destruir o diabo definitivamente? Que dizer dos seguintes textos: Malaquias 4:1-3; Romanos 16:20; Hebreus 2:14?
2a) Que o pecado é eterno – se os ímpios fossem atormentados com o diabo eternamente, nunca iriam deixar de ter raiva de Deus por estarem no fogo, e continuamente o blasfemariam. Estariam constantemente pecando.
3a) Que muitas pessoas que pecaram 70 ou oitenta anos irão sofrer a mesma penalidade que satanás, que pecou desde o princípio e que foi o originador do pecado. Isto na estaria de acordo com os seguintes textos Bíblicos: Ap 20:11-13 e Lc 12:47 e 18 (alguns receberão “muitos açoites e outros poucos”).
4a) Que Deus nunca iria terminar com o sofrimento. A Bíblia ensina claramente que um dia não existirá mais o sofrimento (Ap 21:4, etc).

Graças a Deus que não é assim; logo o Senhor Jesus irá terminar com todo o pecado e sofrimento.

Creia, querido amigo, que Deus não irá condenar ninguém à tortura, pois ao analisar a Bíblia profundamente, percebemos isto; se o fizer, a visão que você tem de Deus será mudada, e sua comunhão com ele será melhor e mais duradoura.

Considerações Finais:

A doutrina do inferno eterno não é Bíblica; foi originada na mente do diabo para denegrir o caráter e a justiça de Deus e aperfeiçoada por filósofos pagãos.

O que acontece é que este ensinamento entrou nas igrejas sutilmente, devido á influência destes filósofos no passado e uma errada interpretação de alguns versos Bíblicos que não foram analisados á luz do “contexto” da Bíblia (principalmente a parábola do Rico e Lázaro).

O inferno de “tormento” não existe; a Bíblia diz que Deus punirá os ímpios no futuro e não agora no inferno: “porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos”. (Atos 17:31).

Um pergunta: Se as pessoas que morrem hoje já vão para o céu ou para o inferno de condenação, por que Deus terá que realizar um juízo final? Afinal de contas já não estão todos julgados? 

No livro de Pedro diz que os anjos maus forma lançados para o Tártaro (lugar de escuridão). Ora, se fosse o inferno de fogo, como seria escuro?

A palavra inferno, traduzida de suas línguas originais (Sheol, Hades, etc) simplesmente significa “sepultura”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário