As Escrituras representam uma carta de amor de Deus pelos seres humanos. Ela acompanha a história humana, desde o início dos tempos, vasculhando o despertar de pessoas para a consciência da presença divina. Ela se traduz em vida, vida humana revestida de Deus, de gente que amou, sofreu, chorou, gritou, perdeu, triunfou, achou, visitando e rememorando coisas invisíveis, apontando para realidades celestiais, evocando memórias, cânticos, lamentações e aflições onde Deus não era coadjuvante, mas trabalhava como um dos principais atores e diretores desta monumental história humana. As Escrituras se traduzem por essas palavras:
Testemunhos.
Memórias.
Cânticos.
Verdade.
Sonhos.
Visões.
Profecias.
Esperança.
Fé.
Milagres.
As histórias de vida e os atos humanos nela retratados tem uma finalidade clara, uma disposição ordenada, planos bem arranjados e definidos, cuja a essência é ENSINAR ao homem como viver sua vida de acordo com o coração de Deus.
Deus se apresentará na história humana, na esperança dos profetas, nos sonhos das crianças, no desenrolar de fatos no transcorrer de 6000 anos de história, em que podemos nos surpreender com o surgimento e o desaparecimento de nações, ou nos deleitarmos com a simplicidade implícita da paixão de um pastor por uma humilde pastora.
Algumas de suas cenas envolverão decisões de caráter internacional como um decreto de genocídio instituído no tempo de Assuero, Outras serão atitudes solitárias de uma mãe que abandona seu filho, como quando Hagar abandona seu filho a uma distancia em que seus olhos possam vê-lo, mas não ouvi-lo, para que seu choro de fome, que não tem como ser saciada, não transpasse seu coração. As Escrituras nos conduzirão ao coração de reis, governantes, mães, órfãos, pastores, sobretudo ao interior de profetas. Como as experiências descritas nela alcançam séculos de história humana, a literatura, a lingüística, a legislação, os costumes influenciaram o texto, sua forma, os recursos de estilo e linguagem peculiar de cada época que recorda os fatos narrados. Mas há uma única visão, um único roteirista por detrás das milhares de cenas transcritas, um ideal, um desejo manifesto, que se traduz pela palavra REVELAÇÃO. Na medida em que descortinamos os efeitos da convivência de homens e mulheres com o misterioso Espírito de Deus, mais nós aprendemos a respeito de seu caráter, de sua pessoa, de seus ideais, dos propósitos aparentemente ocultos que norteiam a razão das coisas. Não há um mundo abandonado a própria sorte que encontraremos na Palavra de Deus. Não 0nos será apresentado na Bíblia uma realidade sem esperança ou um universo que não seja mágico e sobrenatural. Não nos será declarada a independência humana nas Escrituras, antes sua dependência do poder, da graça, do amor e da direção de Deus, para que o ser humano se transforme naquilo que ele foi feito para se tornar.
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