Enviado no natal de 2008
que já se foram.
Lembro-me de uma narração do livro de Ester, no qual num tempo de crise
uma jovem é convocada a tomar uma posição que se refletiria na preservação de uma nação.
Quando ela sofre dúvidas sobre o que fazer, um conselheiro sábio a questiona:
- Quem sabe se não foi por essa causa, que você chegou a a alta posição que alcançastes?
Quem sabe, excelentíssimos Senadores, se não foi para tal, para a imprescindível preservação de uma nação,
Todos os vossos dias passados, toda a vossa história de vida pregressa, toda hora de estudo,
todo dia de vossa luta política, toda enfermidade vencida, todo projeto de lei aprovado,
todas vossas canções emudecidas, todos vossos amigo que já não estão mais presentes, todo
lamento, cada despedida, cada sonho, todo dia de densa escuridão.
Quem sabe se não foi para tão grande causa, para esta preservação de uma nação verde-amarela
que vossas senhorias foram firmemente estabelecidos.
Eu não imagino o amanhã de nosso país. Não sei se será tempo chuvoso,
O que haverá no fim do petróleo, se os polos de desenvolvimento sustentável ou
se a integração latino-americana se tornará realidade.
Eu não imagino se a justiça florescerá como jardins ou se nos perderemos no caminho.
Se seremos o celeiro do mundo, se alimentaremos nações, ou se
nos perderemos nas entrelinhas da história.
Se triunfaremos como povo, se estabeleceremos atos maiores que nós mesmos.
Se narraremos as gerações vindouras a grandeza do que nos tornamos
Ou se lamentaremos as maravilhas que nossa vileza deixou perecer.
Pode ser que as feridas de nossas instituições possam cicatrizar
E que sejamos hoje sementes esplendidas para um novo país.
Seja o que for que nos tornemos, não o terá sido permitido sem que um Senado vigilante
o tenha defendido e inquietamente lutado pelos ideais
pela justiça, pela equidade, pela legitimidade,
sem os quais não nos restará nenhum amanhã.
Feliz Natal, Excelentíssimos Senadores.
Desejo a todos um vitorioso Ano Novo.
Welington José Ferreira
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