Como as águias que habitam as refinarias
Que são suas verdadeiras donas, sob cujo olhar atento trabalham
Seus súditos, inumeráveis criaturas humanas
São como a chuva que cai entre as nuvens
Como os raios que relampejam
Nas profundas águas do mar
Como peixes voadores
Sobre cujas asas elefantes dormitam
Em paz
São como mares em chamas
Por onde golfinhos de gelo
Mergulham sem derreter
São como as luzes que fazem
mesmo abismos tremerem
Ou o tempo inteiro voltar
Ao instante anterior
São como as vozes das folhas
De Tamargueiras milenares
Ou como a força espantosa
De gotas que são tão grandes
Quando dois arranha-céus
De tudo isso se entende
Que tal como imaginado
Noutra hora qualquer
Amigos são como um manto
Desses que envolvem os sonhos
Que nos lembramos as vezes
no instante de acordar
Welington José Ferreira
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