domingo, 24 de outubro de 2010

Sobre o amanhã

Sobre o amanhã
E não serão dos bruxos o amanhã.

Nem das fadas e nem dos magos.

Os fantasmas ontem me disseram que estão amedrontados.

Há um rumor na terra do nunca, há uma voz que ecoa além de Narnia.

Se tivessem restados ossos a Jezabel, eles estariam tremendo.

Em todas as reuniões dos seres mágicos que habitam os sonhos, em todas as regiões desconhecidas pela mente humana, todos sabem.

Não há mão que invoque poderes que não trema desenfreadamente.

Que não perceba;

Eles estão chegando, eles estão vindo e o universo pressente.

Ontem as estrelas suspiraram e hoje a lua brilhou um pouco mais.

Ontem os abismos da terra silenciaram outra vez.

Porque sabem. Ah! Eles sabem!

Que não serão dos bruxos o amanhã Que a carne não vencerá.

Que a carne não morrerá.

Das profundezas de Hell até os limites do abismos.

Debaixo das fontes.

Promessas ungidas com o óleo de azeite escolhido,

Palavra ministrada a alma e ao coração misturada a incenso de ervas raras,

Voz do bom pastor, do herdeiro de todas as coisas afirma que não haverá outro mundo

ou outra casa dentre as casas para habitação

que não seja edificada por Deus.

Duendes impertinentes choram.

Há pranto na terra dos gigantes.

A morte desfila cantando uma elegia para si mesma.

Porque todos sabem, que os ungidos estão chegando,

gente liberta, amada, separada e consciente

da Autoridade com que foram investidos,

dos sonhos a que representam.

Hoje mortos ressuscitam na africa.

Amanhã braços amputados voltarão a crescer.

Hoje crianças aleijadas recebem o dom de voltar a caminhar.

Hoje corações são transformados.

Amanhã, a carne será glorificada

e a morte se sentirá tão perdida

quanto o coração apaixonado

que recebeu um não.

E que gritem bem alto os demonios.

De agonia, porque seu reino passageiro

breve irá terminar.

Welington

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