quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Haverá um dia









Haverá um dia
Na qual não haverá
medo
Haverá manhã
em que não haverá dor
Mesmo lá por dentro
Não haverá sombra


Não se perceberá
Resquício sem cor
Tudo que é cinza
Tudo que lembrar
Menos que um carinho
Menos que um abraço
Toda cor sem cor
De nós será banida

E o coração tão triste
Se libertará!
Quem anda encurvado
Virará seus olhos
e com desprendimento
Olhará os céus!
O brilho das estrelas
virá junto ao canto
E o canto de alguém

Exalará amor
Chegará o dia
Que os sonhos todos
Haverá um dia

Que não haverá medo
Haverá manhã
em que não haverá dor
Mesmo lá por dentro
Não haverá sombra
Não se perceberá
Resquício sem cor
Tudo que é cinza
Tudo que lembrar
Menos que um carinho
Menos que um abraço
Toda cor sem cor
De nós será banida
E o coração tão triste
Se libertará!
Quem anda encurvado
Virará seus olhos
e com desprendimento
Olhará os céus!
O brilho das estrelas
virá junto ao canto
E o canto de alguém
Exalará amor
Chegará o dia
Que os sonhos todos
Serão como sombra

Diante de tanta cor
E quem vê e pensa
que agora enxerga
reconhecerá
Que nunca enxergou
Todas nossas vozes
hoje dissonantes
serão como acordes
em seu resplendor
E então veremos
que valeu a pena
E que a dor passada
era falta da cor
que já vem descendo
sobre nossas telas
que já vem enchendo
Essa aquarela
Esse rincão de vida
Este coração.
E quando houver isso
tanta cor e vida
Seremos qual meninos
na primeira vez
que virmos um desenho
Numa tela imensa
Num azul sublime
De uma floresta
Pintada a mão
Ainda vejo o Mogli
Ainda sinto a história
Quando era menino
Ainda vejo a tela
No cinema enorme
E ainda me lembro

De ficar parado
Olhando a imensa tela
Mergulhar no azul
Ou era violeta
seja lá que cor
Assim seremos todos
Quando as cores todas
forem derramadas
em nossos corações

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