segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Sobre o comentário do Lula

Sobre o comentário não muito feliz do presidente Lula sobre a questão da governabilidade,
quanto cita que para que se Jesus tivesse que governar o estado, necessitaria fazer aliança até com Judas.

Posso dar uma luz interessante ao assunto. Alguns dos comentários no Blog do Valmultran são bem "veementes", mas é uma excelente oportunidade de aprender com algumas das situações que envolvem a colocação de Lula.

Judas na verdade, já fazia parte da equipe de governo, por assim dizer, foi chamado para o "ministério", logo no inicio da jornada do Cristo. Então... em primeira hipótese, o "Judas" que foi um dia aliado de Cristo (que confirma tal tese, dizendo "quem não é contra nós é por nós) ou que sem ir muito longe, é NOMEADO para um CARGO de ALTA RESPONSABILIDADE (nunca houve e nem haverá na terra missão mais solene que aquela para qual os DOZE foram levantados). No desenvolvimento ministerial é que a coisa toma um rumo constrangedor. Judas, responsável pelas FINANÇAS do reino invisível (afinal, Jesus REPRESENTA um reino, o REINO) começa a desviar os RECURSOS necessários para o sustento MINISTERIAL por motivos escusos. O final é um beijo de traição, e trinta moedas de prata tilintando aos pés dos FARISEUS, que usaram a cobiça do homem que falhou para tentar ACABAR de vez com aquela praga da VERDADE, anunciada por aquele que representava a maior ameaça aos status quo político e religioso NORMAL, que uma ameaça poderia representar.
Porque Jesus representa a mudança do modo de pensar da humanidade. O Judas da mídia, o da religião, é sempre o retrato final da vida de um homem derrotado pela ganância. A comparação de Lula é dolorosa porque Jesus representa a verdade absoluta, e Judas nos lembra sempre a traição. Mas não é sobre a luz se associar com as trevas que Lula estava invocando seu pensamento. 
Jesus não necessita de alianças, porque não necessita da anuência humana para GOVERNAR. E certamente toda a terra saberá disso, mas cedo ou mais tarde. O máximo que um político pode ser, esteja ele na posição que estiver, é ser julgado digno de ser MINISTRO de Cristo, de realizar algo que possa representar um pouco de suas realizações. Mas, abaixo dele, o que inclui dos anjos até as larvas, a sociedade humana necessita de consenso, necessita de mutualidade. Não há governabilidade  sem  apoio dos que compartilham o poder de decisão. Não há projeto sem recursos, não há recursos sem apoio legislativo, judiciário, politico-partidário. Lula ou Dilma,   Serra ou Ciro, Welington (eu que escrevo, caso me candidate a presidência) e Marina, não teremos  dentro de um estado democrático e de direito, poderes de realização necessários sem um grupo que assim o conceda. Lula não irá caminhar sobre as águas. Dilma não repreenderá o mar dizendo: Cala-te! Eles não possuem tal autoridade. A autoridade que um político possui é limitada pelas leis que disciplinam seus poderes. E as leis dizem que TODOS devem compartilhar de uma única direção, para fazer esse barco chamado Brasil singrar os mares dos recursos limitados. Porque diferentemente de Jesus, de quem dependem os homens, nós dependemos uns dos outros para realização do bem.  
Então, senhores, parem de CRUCIFICAR o presidente  e releiam as entrelinhas da história. Mesmo porque também, ele, não poderia ressuscitar, para assumir o que é seu de Direito desde o inicio dos tempos, como Jesus o fez. Uma vez morta a identidade de um governo, seus projetos, sua meta, as conquistas forjadas por décadas de mudanças, o que se enterrará num sepulcro de pedra são os sonhos de uma geração. Juntamente com os filhos desta geração.   
E além disso...E se JUDAS deixasse de roubar a bolsa do ministério? E se lá pelas tantas, quando recebeu a comissão, quando orava lá pelos enfermos e esse eram curados (SIM! Diz as Escrituras que ele estava junto com o grupo que recebeu a AUTORIDADE e a EXERCEU de modo CORRETO) esse homem um dia chamado para o MINISTÉRIO caísse em si e resolvesse fazer a sua parte?
E se independentemente da origem política, os homens que forem chamados para participar do novo governo se mostrarem IDONEOS?
E se os homens que serão INDICADOS pelos partidos, REALIZAREM O QUE TEM QUE REALIZAR, com consciência, com  competência, com lealdade, apesar de seus limites humanos, de suas aspirações, e de tudo o mais? E se estes desejarem acertar, trabalhar, cuidando com RESPONSABILIDADE de suas atribuições, nos Ministérios, Diretorias, Gerencias, Coordenadorias, Secretarias?
Esse é o contexto, senhores. Esse é o contexto...

Welington José Ferreira

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