O que foi aquilo?
Bom, depois do filho de 4 anos da Bárbara dizer que eu era parecido com o Jef Goldblun... tudo é possível aquele que crê...
O significado da morte e da ressurreição de Cristo
Aquilo chamado cruz é basicamente um ato de insanidade. Loucura em ultimo grau. Vou dizer o que está por detrás do conceito e os riscos abraçados por aquele que realizou a loucura. A cruz é um absurdo. E nós o objeto desse absurdo
Antes de nós, antes dos anjos, havia Deus. Desde sempre. Desde antes do antes. Nem havia nascido o tempo ainda.
E quando o universo saiu dele, veio junto com suas leis. E seus sonhos.
E sua sabedoria. Ele pensou e agiu, e mediu, e calculou e fez o que só ele podia fazer.
Tudo.
Mas o tudo depende dele. O universo está ligado a Ele. Ainda.
Propôs também a vida. E a vida em toda sua extensão herdou dele algumas características. Cheia de mistério, multiforme, beleza intensa, complexidades inenarráveis, variada, indefinível.
Defina vida - Nem tente.
E Deus amou a vida. Criou seres maravilhosos,
e lhe deu características celestiais. Chamou-os de anjos. (Não a Emma Roberts não é um anjo, é só ilustração de “seres maravilhosos”)
Com um tipo de vida e existência tão sublime que até imaginar o que são capazes nos é difícil.
E criou o homem. Ai começou a loucura. Esse tal de ser humano herdou algo maior do que os anjos herdaram, uma semelhança inigualável com Deus e um paradoxo.
Um coração, sangue, músculos, num universo com energia suficiente para transformá-lo em nada, zilhões de vezes.
Mas a essa criatura facilmente destrutível, Deus resolveu amar de modo único. Porque nele Deus colocou sua própria essência. Sua própria imagem, parte daquilo que ele é. Seu sopro.
E por assim ter sido feito, Deus os ama mais que a toda vida. Em toda a sua multiforme extensão.
Algo aconteceu no passado que quebrou o elo entre Deus e o sopro que doou. Tornando o homem finito. Os túmulos ao redor do mundo repetem pra nós esse adágio todos os dias. O homem finda. Termina.
Mas Deus não. Ele é ETERNO.
Como resolver esse dilema?
Um sujeito que vive para sempre enamorado de alguém, que nasce hoje e morre amanhã?
A primeira solução, é deixar de ser Deus, tornar-se como nós e amar-nos enquanto vivermos e depois morrer junto conosco.
Mas se isso ocorre, de modo definitivo, quando Deus morresse, junto dele, morreria tudo.
O problema é que o amor, e DEUS é em essência amor, não existe para morrer e nem para cessar.
Cada despedida nos relembra isso. Cada separação, cada perda. O amor faz com desejemos estar com alguém para sempre. O amor é parecido com Deus. Necessita da eternidade.
A primeira dificuldade é que Deus possui algumas circunstancias limitadoras. Sim, Deus não pode tudo.
Ele é IMORTAL. Não pode morrer.
Faz parte dele essa essência, não pode simplesmente abandonar o que é, mesmo porque NADA DO QUE FOI CRIADO possui tal poder.
Esse, de matá-lo...
Não que não tenham tentado... pois é...
Tem uma segunda opção. Deus tornar o homem imortal.
Porém, também não é tão simples assim.
Algo faz o homem morrer. E esse algo é denominado PECADO.
O pecado é um princípio, que atingiu o universo, as relações espirituais e que também atinge o ser humano, contaminando suas ações, seus desejos, suas atitudes. Um poder espiritual que opera em nós.E o pecado no homem faz com que o amor divino não possa abraçá-lo de modo completo. E o pecado separa o sopro daquele que um dia o respirou no homem.
EM DEUS não habita o pecado. Faz parte de sua essência.
O pecado não pode atingi-lo, habitar nele, fazer parte dele.
A IMORTALIDADE, por sua vez não habita na vida que Deus criou.
Nem no universo.Habita nele. Só nele.
Porque o sopro que um dia deu ao homem retorna a Deus, quando o homem dá seu ultimo suspiro. É necessário unir o homem a essa respiração divina.
E para que esse sopro permaneça, essa essência tem que ser novamente SOPRADA em seu coração.
Para isso DEUS tem que se UNIR ao homem. TEM que habitar no espírito humano. E o homem, tem que se unir a DEUS.
Mas se o homem em pecado tentar fazer isso, se destrói.
Porque o tipo de VIDA que habita DEUS não dá condições à existência do pecado. E o homem, por razões sejam qual for, está contaminado por esse poder de tal modo, que seu interior, seu íntimo, sua consciência, sua essência, ao TOCAR a DEUS, se desfaria.
E o corpo humano não suporta a plenitude de Deus. Não suporta esse contato permanente, porque está se desfazendo na medida em que os anos passam, querendo voltar a ser pó, querendo voltar a ser parte da terra, do universo da matéria, de onde um dia foi tirado
Temos de um lado, DEUS que é IMORTAL desejando conceder VIDA para ter COMUNHÃO com o homem. Do outro lado o homem pecador, que não poderia sem destruição de seu espírito, ter contato com tal essência: A VIDA que habita DEUS.
O amor fará então uma coisa surpreendente.
Não disposto a perder aquilo que ama, ele se revoltará contra a morte, contra as leis que regem o universo, contra o destino estampado em cada lápide.
Mas Deus não poderia com um único gesto, despedaçar a morte, desfazer o pecado, destruir a maldade
Não.
Porque o universo segue leis espirituais eternas que emanam dele mesmo.
E Deus não pode contrariar a si mesmo. Porque ele não pode rejeitar
Ou anular a si mesmo, ou as leis que sustentam os anjos, a eternidade, o mundo e o amanhã.
Porque ele é parte dessas leis.
Existe uma lei da vida que todos nós conhecemos.
Nascer, crescer, e morrer.
Ninguém entra neste universo a não ser pelo nascimento. Ninguém nele permanece a não ser vivo. E nenhum de nós viverá sem jamais morrer. Nascimento, vida e morte.
Para mudar a existência, Deus terá que participar desse ciclo. Porque o universo só pode ser mudado, pelo lado de dentro. E para isso, Ele terá que entrar, se fazendo carne e habitando entre nós.
Por algum motivo que não entendo a chave para mudar todas as coisas está escondida dentro de nós. Dentro dos corações humanos. Dentro da alma humana.
Existe uma segunda lei da eternidade. Tudo que Deus é e tudo que ele possui pode ser alcançado através uma porta. Há uma chave que une os céus a terra, o visível ao invisível, os anjos a nós. E só ela pode abrir a barreira entre as dimensões. Só ela pode abrir o portal que nos separa de Deus. Atravessada essa porta, acessada essa chave, o universo pode ser mudado de dentro para fora.
Esse princípio é chamado de fé.
Mateus 15
22 E eis que uma mulher cananéia, que saíra daquelas cercanias, clamou, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de mim, que minha filha está miseravelmente endemoninhada.
23 Mas ele não lhe respondeu palavra. E os seus discípulos, chegando ao pé dele, rogaram-lhe, dizendo: Despede-a, que vem gritando atrás de nós.
24 E ele, respondendo, disse: Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.
25 Então, chegou ela e adorou-o, dizendo: Senhor, socorre-me.
26 Ele, porém, respondendo, disse: Não é bom pegar o pão dos filhos e deitá-lo aos cachorrinhos.
27 E ela disse: Sim, Senhor, mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus senhores.
28 Então, respondeu Jesus e disse-lhe: Ó mulher, grande é a tua fé. Seja isso feito para contigo, como tu desejas. E, desde aquela hora, a sua filha ficou sã.
Então a loucura será realizada desse modo. Deus separará sua VIDA de si mesmo. Ela habitará um CORPO HUMANO. E ela será derramada a todo homem, pelo ROMPIMENTO desse corpo. Pela morte desse homem, que levou dentro de si a ESSENCIA de DEUS, a vida poderá alcançar todo homem.
Para isso bastaria tranpor as dimensões, deixar de lado o poder inacessível, operar o impossível de limitar-se a condição humana, unindo-se ao homem de modo permanente e eterno, espiritual e fisicamente. Desde que pudesse separar sua alma de seu espírito, seu coração de sua mente, desde que pudesse dividir-se a si mesmo, sem perder sua onipotência.
Absolutamente simples.
O sofrimento que adveio dessa loucura é fruto da inimizade humana. Fruto da loucura humana. Para levar até o fim o desejo de unir-se ao homem, Deus teria que enfrentar a maldade e o pecado do homem.
A cruz significa até onde ele estava disposto a ir, para reconciliar consigo a sua criação.
Ele provaria da morte.
Mas a morte provaria dele.
O amor divino não pode ser morto. A morte não pode destruir essa essência. O amor humano termina junto conosco. Os mortos não amam mais. O corpo no qual parte de Deus habitou podia ser destruído.
Mas
não
aquilo
que
nele
habitava.
A morte foi, numa alegoria, enganada.
O mistério da cruz é que a morte se encontrou com a vida.
A morte faz parte da ordem deste universo. Faz parte da essência das coisas daqui.
Mas não das coisas de lá. Do lugar que existe antes de haver o tudo. Antes do início e Antes do antes.
E se a morte ousasse tocar a DEUS?
Foi o que aconteceu.
Na cruz bilhões de anjos contemplaram a morte ao menos de uma das dimensões de Deus. Cristo representava DEUS, levava consigo de modo REAL sua ESSENCIA.
E ele, Cristo, obedeceu as leis que emanam do PAI, nasceu, cresceu, morreu e amou, amou tão intensamente que viveu sem pecado do inicio ao fim de sua existência.
E o que aconteceria se um homem sem pecado morresse? Se uma lei deste universo em pecado se confrontasse com outra lei, muito maior e anterior mesmo a existência da morte?
Se um homem pudesse do lado de dentro, conectar a humanidade a fonte da Vida, se um homem cumprisse todas a lei divina, todo desejo de Deus, e tivesse a fé capaz de transportar os montes, possuindo dentro de si mesmo o poder de tornar a ser um dia tudo que foi antes de ser um homem?
Quando essas realidades se encontrassem, o que aconteceria no universo?
Vitória do homem contra a morte.
Resultado: Morte vencida.
E não só isso.
A todos quanto o receberem deu-lhes o poder de se tornarem tal qual ele é.
Junto da ressurreição, concedeu algo.
Poder para vencer o que o homem sozinho não poderia fazê-lo. Poder para vencer o pecado. O mesmo que opera os túmulos. O mesmo que provoca a morte.
O que foi aquilo?
Isso.
Só isso.
Welington J Ferreira
01/04/2010
Wow. Só isso. Wow.
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