segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Podem ser usados instrumentos na Igreja do Novo Testamento?



Podem ser usados  instrumentos na Igreja do Novo Testamento para a adoração a Deus?
Você pode pensar em quão desprovido de senso é esse questionamento. 
 Aproveito para tratar de coisas paralelas. Uso a questão como motivo para  falar a respeito
do ofício de mestre/professor dentro da Igreja de Cristo.





Podem ser usados instrumentos na Igreja do Novo Testamento para a adoração a Deus?
Não conhecia até poucos anos que alguns argumentavam que o uso de instrumentos não era prática da igreja do Novo Testamento, que era algo somente para uso durante a época do Velho Testamento e que por não haver orientação especifica do assunto no Novo, os instrumentos estavam proibidos.  O cântico congregacional deveria ser emitido somente com vozes, na modalidade conhecida como capela.  
Há um nível de liberdade em Cristo que beira o incompreensível por muitos teólogos.  O papel verdadeiro do mestre das Escrituras é interpretá-la sem o jugo de doutrinas. Seus pés não se firmam sobre o dispensacionalismo, sobre o fundamentalismo, sobre Inerrancia, teologia sistemática,  milenarismo, ou qualquer linha de visão, sobre qualquer escola.  
  As denominações e escolas doutrinárias expõem visões, mas a AUTORIDADE ESPIRITUAL de qualquer líder ou mestre se limita aos que creem em seu evangelho.  O evangelho não é pregado da mesma maneira dos púlpitos, assim como não é conhecido plenamente por todos. 
O evangelho é sempre maior que nós que o ensinamos.
 A nossa missão, como mestres, é permitir que a Palavra da Vida flua livremente, sem impedimentos, sem rudimentos, sem complicadores, para que manifeste a vida de Cristo, a vida do Espirito Santo e o poder de Deus do modo mais belo, livre, verdadeiro, amoroso, completo, que nossas limitações o permitirem.
Para que este evangelho, maravilhosamente pleno, seja declarado temos que ter em mente a grandeza, a essência, a beleza,  crer que o mesmo é a força mais libertadora do universo, tão cheio de vida que sempre reverbera cores, valores, operações espirituais.  
E que o faz nos limites de nossas idiossincrasias – características intimas e pessoais. Nós somos, na maioria das vezes, os limitadores das Escrituras.
Nossas respostas, a partir de nossas sinceras interpretações, são fonte de vida, ou estão contaminadas por uma série de circunstancias, doutrinas, pensamentos e fatores que dizem respeito somente a nossa experiência, conhecimento, e fé.  
Homens sem fé geram um evangelho sem fé. Homens de moralidade mundana distorcerão princípios naturais da Escritura em nome de seus preconceitos.
Nosso evangelho é a soma de nossos medos, de nossas dores, das conquistas do entendimento de patamares mais profundos. 
Milhares de estudantes perderam-se ou pararam de crescer no entendimento das Escrituras porque abrigaram em seu interior doutrinas meramente humanas. 
Muitos destruíram o processo de revelação continua e do esclarecimento das coisas espirituais das Escrituras por que firmaram-se em nomes, em pessoas, em linhas de pensamento, em defesa de pontos de vista, em defesas de suas idiossincrasias. 
Seus limites limitaram suas respostas. Sua incredulidade os impediu de caminhar avante, de enxergar, de compreender, de serem plenos no conhecimento das Escrituras. E somente na plenitude do conhecimento da Palavra é que nós conhecemos a Deus e seus pensamentos de modo perfeito.
A Perfeição da doutrina das Escrituras manifesta poder de maravilhar, poder de alegrar, poder de conceder vida, poder que ilumina fatos que nos conduzem ao crescimento e aperfeiçoamento.

Um dos maiores temores de todo homem que prega as Escrituras deveria ser o de não pregar sua totalidade, sua essência ou sua revelação.
O homem que interpreta as Escrituras possui diante de si a Eternidade, está em frente a bilhões de anjos, está em frente a profecia,  iluminado por aquilo que deu origem ao universo. Aquele que prega o faz em frente de uma realidade que  sustenta ao universo.  
Paulo dita-nos uma parábola a respeito do valor da construção espiritual que cada um de nós fará a partir do que nos foi dado. Cita que uns construirão estruturas de ouro, outros de prata, outros de barro e outros palha.  Feito a partir daquilo que nos foi revelado. com base no que ouvimos e no que transmitimos.  O que dizemos sobre as Escrituras é testemunhado pelo mesmo Espirito que a concedeu.  Uma das certezas que possuo é: Quanto mais próximo eu estiver da intenção do Espírito de Deus com relação a um texto das Escrituras,  mais a Vida de Cristo, seu poder, sua alegria serão manifestados na terra.
Eu não me permito ser limitado por nenhuma corrente de pensamento humano, por mais piedosa que pareça ser. Por mais consistente que aparente ou por mais defendida que tenha sido nessa terra que Deus nos deu.
Porque anseio que o Espírito confirme o que eu vier a dizer.  Sonho em falar o que o seu coração anseia falar. Sonho em nunca limitar, em não impor minhas dores, minhas bases doutrinárias à sua voz.
Essa voz tem que ser límpida, pura, incontaminada, doce, maravilhosa, poderosa.  

Perdi a conta de vezes em que li passagens e diante de mim o que eu meditava era maior que o que podia crer. Era diferente do que ouvira por dezenas de anos de diversos púlpitos.  Algumas vezes eu simplesmente dizia: Não pode ser assim! Isso não é possível!  Só que era.
A Palavra de Cristo é maravilhosa, além da imaginação, guarda mistérios, aponta coisas novas, apresenta-nos a vida, muitas vezes como nós ainda não experimentamos. 
Mas neste caso, falando sobre instrumentos na igreja, eu o experimentei.

As estrelas cantam. Todas elas. Certa feita gravaram o som que elas emitem. Tudo ao nosso redor emite sons. Nosso coração é uma fonte rítmica que só cessa quando expiramos.  O vento quando passa em determinadas formações rochosas produz acordes. O mundo é extraordinariamente musical.
Eu era um adolescente, há muito tempo atrás, diga-se de passagem, quando toquei numa casa, num estreito corredor, um solo de violão. Só que não lembrava o que estava tocando.  Era uma sequencia simples de acordes.  Eu não lembrava o nome da musica. Mas os adolescentes sim. E começaram a cantá-la. E a chorar.  Não sabia que naquele momento eu recebia por parte de Deus algo cujo nome eu desconhecia na época.  Algo que estaria relacionado aos instrumentos que eu tocasse, enquanto eu vivesse.  Em centenas de cultos nos anos posteriores, diversas vezes ao tocar o violão ou quailquer instrumento que viria aprender depois, fosse numa casa com duas pessoas, fosse junto de minhas filhas, fosse diante de mil pessoas, ocorreriam operações espirituais, sobreviria uma profunda comunhão da congregação, dos jovens, dos adolescentes, dos adultos e mesmo de crianças.
Meu primeiro teclado era um pequeno Cassio.  Já tocava razoavelmente o violão, mas poucos acordes eu sabia fazer no pequeno instrumento, que possuía uns oito timbres e uma polifonia que não passava de quatro notas.
Era noite e o sofisticado sintetizador que tínhamos (para a época o famoso Dx7), já em fim de carreira, pifou.
Os responsáveis pela musica do evento olharam pra mim e para o pequeno teclado musical em meu colo.  Disseram para que eu o ligasse no sistema de som.   Tremi.  Liguei a coisinha no equipamento num culto com mais de mil pessoas num acampamento num sitio em Recife. O som do pequeno teclado musical encheu o sitio e quando terminei de solar, a duras penas, um belíssimo hino que chamámos “Óh pastor de Israel” o resultado foi um grande quebrantamento e centenas de pessoas tendo visões. Pessoas jorravam em línguas, e certa hora alguém profetizou.  Eu tremia. 
Uma das particularidades das fontes doutrinárias que negam o advento de instrumentos na igreja moderna é a que possuem um certo conjunto de dogmas específicos das Escrituras.
O apóstolo João, escrevendo a uma senhora ou uma congregação a quem comparou carinhosamente a uma senhora virtuosa, diz que alguns que se diziam apóstolos foram colocados a prova para ver se o eram de verdade e foram reprovados.  Toda doutrina possui um discurso, uma tônica que a representa, baseada na CRENÇA dos que a geraram.  Quem nega os instrumentos geralmente, (!) nega também aos dons espirituais e às operações sobrenaturais do Espírito Santo, assim como negam a cura divina e ao poder milagroso. Suas interpretações das Escrituras não incorporam a manifestação do Espírito Santo.  Exaltam a Palavra e negam veementemente a manifestação do Espírito. Alguns não aceitam que o Espírito conceda novas revelações ou iluminações profundas a respeito dos assuntos do Novo e Velho Testamento. (Eles aprendem regras de interpretação e o que aprendem a partir daí na maior parte de suas vidas é a interpretar segundo as regras que lhes foram fornecidas). Você perceberá esse padrão de pensamento presente por detrás de seus discursos. Por não compreenderem o ministério do Espirito de Deus eles apegam-se somente a interpretação do que está Escrito, a luz de escolas interpretativas, carecendo, contudo, das operações espirituais (que desconhecem, que ignoram, que desprezam, que não buscam, que não creem, que não pregam, as quais não amam, nas quais não se exercitam) sem as quais não tem como compreender sobre o que está sendo falado.  Alguns que negam o uso dos instrumentos assim como negam a dança na igreja, fazem-no por não compreenderem a época que vivem ou por aplicarem incovenientemente palavras proféticas do Velho e do Novo Testamento.
Jeremias 31:13
3 Então a virgem se alegrará na dança, como também os jovens e os velhos juntamente; e tornarei o seu pranto em alegria, e os consolarei, e lhes darei alegria em lugar de tristeza.
CANTA alegremente, ó estéril, que não deste à luz; rompe em cântico, e exclama com alegria, tu que não tiveste dores de parto; porque mais são os filhos da mulher solitária, do que os filhos da casada, diz o Senhor.
E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo:
E voltaram os setenta com alegria, dizendo: Senhor, pelo teu nome, até os demônios se nos sujeitam.
E os discípulos estavam cheios de alegria e do Espírito Santo.
Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.

O papel de uma escola teológica é PEDAGOGICA. Ela orienta, ela concede diretrizes interpretativas, ela sistematiza pensamentos, ela compara escolas.  A teologia é uma ferramenta, nada mais do que uma ferramenta, para auxiliar-nos no entendimento das Escrituras nas quais vamos buscar o conhecimento de pessoas que estudaram por muitos anos determinados assuntos, dotados de determinadas competências linguísticas, literárias e culturais, que traduziram em suas conclusões de modo escrito e que servem como fonte de informação, de inspiração.  Ou serve de prisão.  Conduzindo homens a escravidão e a servidão.
Doutrinas muitas vezes agem como grilhões. Existem doutrinas que não permitem vindicar o cumprimento das profecias da antiga aliança na Igreja do Novo Testamento.  É impossível que a Igreja não viva hoje as profecias do Velho testamento. Porque ela é a continuidade do plano, é incorporada (enxertada) ao povo judeu, a oliveira, ainda que considerada um zambujeiro, parafraseando Paulo.  É mentira. A tal doutrina é uma falácia.
Ao tecer essa parte do comentário quis conhecer mais sobre a parábola da oliveira e do zambujeiro e encontrei esse espetacular pequeno estudo:
É pouco provável  não desejar dançar diante do cego que volta a ver, da tremenda operação milagrosa, da tremenda dádiva da salvação. A dança necessita se cumprir na Igreja de Cristo ou então não a alegria profetizada não existiria. Seja porque Jesus não ressuscitou dos mortos ou  por que aquilo que ocorria com os apóstolos era pura ficção. 

Quando Jesus nasce,  vários pastores no campo são surpreendidos por anjos que jubilam e cantam: Paz na terra, e boa- vontade para com os homens a quem Deus quer bem!
Jesus revelou certa vez que os anjos de Deus celebram/festejam por cada alma que acredita nele e crê no evangelho.
Hoje é essa época onde acontece, conjuntamente com as atividades da igreja terrena, alegria angelical.
há festa acontecendo em lugares celestiais. Hoje. Em nossa época.  Entender menos que isso da declaração de Cristo é ato de leviandade. 
Se há festa e alegria celeste,  como não ocorreria de festejarmos as grandes obras de Deus e a própria salvação na igreja terrena?  Com direito a tamboris, dança, adufes, flautas, tambores e toda sorte de instrumentos?

Sobre o Reino de Cristo, manifesto, presente  e sua Autoridade sendo exercida na terra nos é revelado:

Como são belos nos montes
os pés daqueles que anunciam
boas-novas,
que proclamam a paz,
que trazem boas notícias,
que proclamam salvação,
que dizem a Sião:
"O seu Deus reina!"
Isaías 52:7
Reina.  O seu Deus REINA!  Não num futuro distante, num tempo profético indeterminado. As Escrituras falam de tempos futuros e de eventos que ainda não aconteceram.  Mas o REINO de CRISTO é chegado a nós. Cristo não reinará no amanhã, mas reina hoje. Então não é no futuro que a Igreja se alegrará, ou dançará, ou cantará. É hoje.
A raiz da palavra alegria no hebraico é “saltar”. Pular. Saltar como um cabrito.
Estou enfatizando a questão da alegria porque a mesma corrente doutrinária que nega os instrumentos nega as manifestações de alegria, despreza as palmas e não possui teologia para a dança.  Algumas permitem expressões de jubilo e outras não.  E quando permitem é no máximo a palavra: Amém.
Existe uma teologia em desespero. Ela finge que se alegra nas Escrituras, mas não conhece o que é a alegria.
A negação dos instrumentos é baseada na ausência a uma clara alusão ao uso de instrumentos nas epístolas do Novo Testamento. Mas sua negação é um problema de interpretação disfarçado. Ela encobre como falei, a realidade de quem também desconhece, ignora ou nega a operação dos dons espirituais.
Porque a questão de ausência de instrumentos se associa com escolas que rejeitam os dons?  

Os dons são um produto natural da comunhão com o Espirito Santo. Uma vida de meditação e busca a Deus conduz o homem a comunhão com um Deus Vivo que manifesta-se de diversas maneiras. Não é possível ao crente nem do Velho e nem do Novo Testamento comunhão com Deus por meio das Escrituras somente.  A bíblia não salva sem Deus. Não cura sem Deus. Não opera sinais sem Deus. A palavra de Cristo não pode mudar o homem, sem Cristo. Ele necessita ouvir a voz do Espirito, viver na esfera do Espírito de Deus. As Escrituras são destituídas de valor ou vida se o Espírito não as ilumina, interpreta e as complementa no coração daquele que crê.  A finalidade das Escrituras é a comunhão perfeita do homem com Deus. Se esta comunhão possui problemas, se o homem não ouve a voz do Espírito Santo, sua interpretação é morta.  Ou falha. Ou limitada.
Vou tratar agora sobre  a argumentação da negação dos instrumentos por falta de orientação especifica no Novo Testamento.
E sem ter que ficar recorrendo a psalterion, o termo “salmodiai” da orientação de Paulo a igreja de Éfeso.
“falando entre vocês com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando de coração ao Senhor” Efésios 5:19
 O Apocalipse ordena o seu cumprimento. Ordena sua observância.  É uma ordem dada a Igreja gentílica -  guardá-lo no coração, nada a ele acrescentar e nada dele retirar. 
18 Declaro a todos os que ouvem as palavras da profecia deste livro: Se alguém lhe acrescentar algo, Deus lhe acrescentará as pragas descritas neste livro.
19 Se alguém tirar alguma palavra deste livro de profecia, Deus tirará dele a sua parte na árvore da vida e na cidade santa, que são descritas neste livro.
20 Aquele que dá testemunho destas coisas diz: "Sim, venho em breve!"
Amém. Vem, Senhor Jesus!

O Apocalipse fala da eternidade e do cumprimento de todas as profecias. Nada é mais sublime e nem santo do que as realidades celestiais mostradas em Apocalipse. Para anunciar a entrega de juízos anjos tocam TROMBETAS. Para demonstrar o cumprimento final das profecias os anciãos ao redor do trono se apresentam com uma CITARA.
Instrumento da mesma família daquela que DAVI tocava em Salmos. Que deu origem a milhares de instrumentos de cordas, incluindo o violão e a guitarra. A palavra guitarra é descendente direta da palavra grega que representa cítara.  
Se como símbolos os instrumentos são elevados a um patamar de sublimidade. Se no próprio céu vemos sua utilização, não num momento qualquer, mas no maior de todos os momentos, onde a própria orbe celeste treme, gloria, grita, rejubila, onde finaliza-se a obra da redenção, podemos entender no mínimo:

- Que são usados pelo Espírito de Deus para tipificar/ilustra/figurar e profeticamente manifestar suas realidades. Os instrumentos tipificam a adoração.
- São considerados por Deus como portadores de santidade, símbolos idôneos o bastante para representar realidades espirituais.
- São usados na Igreja Celestial, na Igreja Eterna, a mesma declarada no livro de Hebreus, onde habitam os espíritos aperfeiçoados junto a milhões de anjos.   Mas não para uma IGREJA FUTURA. Apocalipse não fala de uma IGREJA que um dia existirá. Mas que existe HOJE. A igreja terrena é um braço dessa igreja invisível. Ela é parte deste mistério.
- Estão nas mãos de anjos. Estão nas mãos dos 24 anciãos.  Anjos tocam. Homens tocam.  Essa figura tem uma representação poderosa.  Negar o uso de instrumentos é desprezar a força dessa visão.  

Se os instrumentos não são negados a igreja invisível, como uma interpretação bíblica a NEGARIA à igreja terrena?

O papel do mestre é entender a mente de Deus. Conhecer os desígnios profundos do Espírito de Deus. Que é VIDA, Vida abundante, vida eterna, vida milagrosa, vida que se desdobra, e cuja eternidade começou em Cristo.  Toda vez que você ler algo de alguém que negue um bem a Igreja, negue essa consideração.  Ela é morta.  A licitude do que podemos realizar na Igreja é declarado por Paulo: Todas as coisas me são lícitas.  E só não as realizarei se não forem boas para a edificação. Milhões foram salvos pela unção manifesta através dos instrumentos. Não estou dizendo através da musica, e sim pela UNÇÃO manifesta através dos instrumentos. O conceito de manifestar o PODER de DEUS através da voz, do canto e dos instrumentos é algo ESTRANHO ao universo de determinadas doutrinas.  
Falando de modo humano, negar a musica por meio dos instrumentos é negar ao musico talentos dados por Deus para exercício da edificação de outros.  Projetos de salvação são baseados na musica que hoje impacta a vida de milhões de jovens que jamais teriam conhecido a Cristo se não ouvissem um instrumento que as chamou a atenção.

Paulo diz: Fiz-me tudo para com todos para que de algum modo pudesse vir a salvar alguns.  Pensar que o uso de instrumentos não se enquadra dentro deste texto é uma tarefa ingrata. E perigosa.  
João, apóstolo, falou que se tivermos consciência limpa com Deus, teremos certeza que ele nos ouviria. Não há vergonha em colocar-se a disposição divina para ser usado para edificar vidas através do uso de instrumentos. E negar ao culto cristão o seu uso é ir contra a liberdade de culto IMPOSTA por Deus em sua Palavra.
Propositalmente não existe uma LITURGIA revelada para o culto da Igreja de Cristo. 
 Porque Deus deixou ao encargo do seu Espírito que organizasse na terra com seus filhos o modo como haveriam de cultuá-lo. 
Inclusive SEM INSTRUMENTOS, se essa orientação foi dada a um determinado ministério.  Esse estudo justifica  a  legitimidade e espiritualidade do uso dos instrumentos, não nega e nem diminui o valor das diversas formas de manifestação da espiritualidade humana.
O culto a capela é um meio maravilhoso de adoração.  Assim como o uso de instrumentos, defendido por esse texto, pode-se tornar uma desgraça sem precedentes.

A vaidade humana pode cooperar para destruição da comunhão de diversos modos. O mercantilismo, a falta de santidade, ou mesmo de Deus.  Homens e mulheres cheios de Deus quando realizam suas atividades produzem benefícios espirituais.  A musica da Igreja possui uma dimensão que exige que quem a exercita a faça com propósito. A presença de instrumentos e sua primorosa execução não são garantia de comunhão. A adoração exige um coração amoroso e grato, e a aceitação desta adoração é algo que é uma cooperação entre o Espírito de Deus e de corações sinceros.  Não basta sinceridade sem que haja espiritualidade.  Não basta ostentar dons ou sobrenaturalidade sem sinceridade. Jesus fala com a mulher samaritana: O Pai busca aqueles que o adorem em espírito e em verdade.  
Ao ensaiar adolescentes fazíamos vocalizes antes de cantar os hinos, assentados e deitados no púlpito de uma determinada igreja. As vozes somadas criavam atmosferas maravilhosas.  Outras vezes uma melodia era inspirado pelo Espírito Santo somente com instrumentos. Uma dos momentos mais interessantes que vivi da primeira vez que fiquei num culto com a responsabilidade de tocar. Eu e outro musico inexperiente.  Minutos antes de começar, ele fechou os olhos e viu a anjos que vinham com instrumentos em suas mãos. Não iriamos tocar sozinhos.
A produção e a inspiração de uma melodia é algo tremendamente espiritual Alguns cantores seculares receberam parte de suas composições e suas melodias também de Deus. Temos por outro ângulo, hinos criados mecanicamente, letras e melodias artificialmente compostas.  A musica segue um padrão matemático e tanto os acordes quanto as notas e até variações rítmicas possuem uma progressão. Com quatro acordes reorganizados em diferentes posições podemos cantar milhares de melodias.  Softwares poderiam gerar musicas.  E até geram.  Musica não é adoração.  Musica é um talento, um dom, uma dádiva amorosa dada por Deus ao universo, abrangendo muito mais que o ser humano, aves, baleias, insetos, montanhas, vales, o ruído do mar. Os instrumentos e seu uso dependem do coração. A musica nasce dentro de nós. Os instrumentos são uma extensão da alma do musico. Eles ajudam-no a expressar os sons que estão dentro de sua alma. As cordas vocais são instrumentos também.  Misturam sopro e cordas.  Interessante que ao falar da voz de Cristo João a compara a voz de uma trombeta. 
Se a voz de Cristo pode ser comparada a voz de uma trombeta, é porque os instrumentos que foram criados na terra tem uma imagem ancestral. Eterna. Antes de existir o ser humano, já existiam trombetas. Quando a LEI foi entregue, antes da primeira palavra ser pronunciada do monte Horebe, os israelitas ouviram trombetas.  Foi por um ato de graça e misericórdia que Deus concedeu aos descendentes de Caim a capacidade de criar instrumentos musicais.  Porque os instrumentos só existem porque a musica faz parte do universo.  Os acordes são uma relação entre sons, que ao se ajuntarem criam a imagem sonora única, que nos capacita quase a enxergar o som.  A melodia são as notas dançando, saltitando, correndo, brincando. A  melodia é uma menina inquieta.
Então, dito isso,
Sim. Os instrumentos são um recurso de graça, um dom para o exercício do louvor, e um modo válido de expressarmos a adoração. Por essa validade podem receber valor espiritual, serem usados de modo a emocionarem, sensibilizarem, apoiarem o cântico, e em alguns momentos tocar as cordas do coração,  criar uma atmosfera propícia para que um culto seja abençoador.

 Welington Corporation.

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