quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

E havia um certo homem

E havia um certo homem
Que cria em não crer
Que se vangloriava em não saber
Que religiosamente, negou toda a fé
Cuja doutrina era a perene negação
De toda sombra sobrenatural
E havia certo homem
Que sonhou que era sábio
E incontaminado
Pela magia da religião
Pelos conceitos
De mitos pagãos
Pela ignorancia
De almas pobres
de espítos fracos
Que se deixaram convencer
Por sacerdotes do nada
Por pregadores de fadas
Num mundo de fanatismo
Arvorou ele a bandeira
De um coração sem fé
Porque a fé também
jamais existira
Havia certo homem
Cuja maior certeza
Era de caminhar sobre o nada
Porque o tudo veio a existir
Sem razào e sem causa
Sem ciencia de um criador
Porque tudo que se expressa matematicamente
Seja matéria, luz e energia
O foi por conta de cálculos indiscritivelmente belos
Sem que houvesse qualquer calculista
E que a própria matemática da vida
era uma mera abstração
E havia um homem
Sozinho e moribundo
Num universo de mistérios inexplicáveis
Que não lhe importou conhecer
E ele viveu sem tocar os anjos
E ele viveu sem enxergar
O Trono.
E ele não tremeu
Na expressão dos Querubins
E ele jamais sentiu a alegria
Que anjos que não existem sentem
Quando a salvação sob uma cruz inutil
Pendia de um morto, que na verdade
Também jamais ressuscitou.
E ele jamais entendeu porque chorava
A menina de nome Maria
Aos pés de um tosco jardineiro
No jardim da falsa ressurreiçào.
E ele não amou a Ester
Que caminhou num jardim sagrado
Porque nunca fora dado
A romances de ficção.
E havia certo homem
cansado e arrogante
Soberbo e endurecido
Cujo coração de pedra
jamais se tornou de um homem
E havia um certo homem
que na verdade
jamais viveu.
Porque na verdade o pobre homem
miserável homem
Sonhou que vivia.
mas não era verdade.
Como toda sua perspectiva
Isso também
Era somente
Ilusão.


Welington josé ferreira

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