sexta-feira, 5 de outubro de 2007

A noite chamaram dia

A noite chamaram dia
os sonhos ganharam vida
E o tempo parou de novo
Disseram que em meio a tudo
Disperso em pensamentos
Mostrou-se o sentimento
E o coração escondido
Que a muito já não se via
Mostrou-se iluminado
haviam terrores plenos
Desciam dos morros ventos
Sorriu-me então a vida
Deixado pra sempre o medo
caído o desespero
e aviltada a desesperança!
Morreu a desgraça alheia
Findou a soberba humana
Os olhos deles brilharam
correram crianças doidas
cheias de tanta alegria
que pareciam foguetes
Brincavam em ruas claras
Cantaram em dias lindos
Como não se imaginava
Perdidas todas as letras
Redigidas contra o ódio
Que já não mais existia
E o coração suspirava
Enquanto brotava choro
De olhos tão sorridentes
Deixados pra trás as dores
fizeram pra si cabanas
abraçados entre as figueiras
Que enfim floresceram

Nenhum comentário:

Postar um comentário