terça-feira, 23 de outubro de 2007

Certo fragmento do Evangelho


1. Descoberto um fragmento do Evangelho entre os documentos do Mar Morto.Um evento de uma importância histórica sem precedentes acaba de se dar, quando o papirólogo alemão Carsten Peter Thiede identificou entre os documentos encontrados na gruta 7 de Qumran, o mais antigo fragmento do Evangelho, no caso o evangelho de Marcos. Mais precisamente se trata dos versículos 52-53 do capítulo 6 deste evangelho. Outra papiróloga, a mais conceituada, confirma em caráter definitivo esta descoberta. Thiede foi mais além; examinou três fragmentos de um códex conservados na Universidade de Oxford, do evangelho de Matheus, capítulo 26, e os fez examinar pelo processo do Carbono 26, afim de determinar a sua idade que foi fixada no início do primeiro século da nossa era, em torno de 40 e 70dC. Como este manuscrito é escrito em forma de livro, isto indica que o evangelho é bem mais antigo pois os originais eram apresentados sob a forma de rolos. Além disto o conteúdo dos evangelhos se referem ao templo antes da destruição, isto é, mesmo antes de 41, isto é, a época de Herodes Antipas citado pelos evangelistas que ignoram totalmente Herodes Agrippa, rei da Judéia de 41 a 44dC, enquanto que o primeiro é situado entre 22 e 29dC.



Claude Tresmontant, da Sorbonne, defende a tese de que os evangelistas, foram contemporâneos de Jesus e verdadeiros repórteres da sua existência. Esta tese derruba a tese da teologia oficial segundo a qual os evangelhos foram escritos muito tempo depois da morte de Jesus. Estas descobertas reforçam ainda mais a versão histórica da existência de Jesus.Muito mais que isto; a descoberta integra Jesus à história de Israel. Pois como se sabe, a Escola dos Essênios era uma das correntes religiosas de Israel, ao mesmo título que os Saduceus e Fariseus. O seu mosteiro se situa à beira do Mar Morto em Qumran. Foi perto de lá que, em 1947, um beduíno de uma tribo nômade encontra dentro de grutas o que é conhecido hoje como os documentos do mar morto. Até agora, estes documentos continham entre outros, trechos do antigo testamento. Isto provocou grande entusiasmo nos meios religiosos judaicos, pois são os mais antigos documentos da Bíblia, sem os Evangelhos. Até agora inexistia prova histórica de qualquer ligação ou conhecimento de Jesus pelos praticantes da religião judaica da época.


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